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A cronologia das cobranças de Bolsonaro a Moro

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3 minutos de leitura 13.05.2020 13:51 comentários
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A cronologia das cobranças de Bolsonaro a Moro

O governo tem um novo 'spin'. Na reunião ministerial de 22 de abril, Bolsonaro teria expressado insatisfação com sua 'segurança pessoal', responsabilidade do GSI, e não com a Polícia Federal, vinculada ao Ministério da Justiça. Mas essa versão não se sustenta dada a cronologia dos fatos...

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A cronologia das cobranças de Bolsonaro a Moro
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O governo tem um novo ‘spin’. Na reunião ministerial de 22 de abril, Bolsonaro teria expressado insatisfação com sua ‘segurança pessoal’, responsabilidade do GSI, e não com a Polícia Federal, vinculada ao Ministério da Justiça.

Mas essa versão não se sustenta dada a cronologia dos fatos.

22 de abril, 06h59: o post de O Antagonista

Pouco antes das 7 da manhã de 22 de abril, uma quarta-feira, O Antagonista publicou a nota ‘PF na cola de 10 a 12 deputados bolsonaristas’, com trechos de uma coluna de Merval Pereira. Bolsonaro enviou o link dessa nota para Sergio Moro, pelo WhatsApp, pelo menos duas vezes.

22 de abril, 10h: a reunião

Segundo a agenda do presidente disponível no site do Planalto, a reunião ministerial estava marcada para as 10h. Antes dela, Bolsonaro tinha um encontro com o general Heleno, às 8h50, e com Heleno e mais três ministros, às 9h30.

22 de abril, 13h06: “Isso eh fofoca”

Bolsonaro envia o link para Sergio Moro pela primeira vez pouco depois do meio-dia. Moro responde: “Isso eh fofoca. Tem um DPf atuando por requisição no inquérito da fake News e que foi requisitado pelo Min Alexandre. Não tem como negar o atendimento ah requisição do STF”.

23 de abril, 07h30: “Mais um motivo para a troca”

Bolsonaro envia de novo a Moro o link da nota de O Antagonista publicada na manhã anterior. Sabemos que isso ocorreu na quinta (23) porque logo antes Bolsonaro enviou a capa do Estadão daquele dia, com a manchete ‘Ala militar impõe obras; equipe de Guedes diz que não há verba’.

Desta vez, Bolsonaro acrescenta: “Mais um motivo para a troca”.

23 de abril, 15h25: “Por favor, fica!”

Na tarde de quinta-feira (23), Carla Zambelli escreve a Moro: “Por favor, fica!”, o que indica que ela tentava demover Moro da ideia de pedir demissão.

24 de abril, 11h: Moro pede demissão

Sergio Moro informou que faria um pronunciamento na manhã de sexta-feira, dia 24. Pouco depois das 11 da manhã, anunciou seu pedido de demissão. Nesse pronunciamento, Moro não fez referência específica à reunião do dia 22.

Mas afirmou: “O presidente no entanto passou a insistir também na troca do diretor-geral. O que que eu sempre disse ao presidente? ‘Presidente, eu não tenho nenhum problema em trocar o diretor-geral da Polícia Federal , mas eu preciso de uma causa”.

24 de abril, 17h: Bolsonaro comenta a reunião ministerial

Na tarde do mesmo dia, Bolsonaro comentou a demissão de Moro.

E disse: “Teve um clima, sim, pesado para o senhor ministro na última reunião de ministros, onde eu cobrei dele, na frente de todos os outros ministros, que ele tomasse uma posição sobre a prisão e algemas usadas contra mulheres na praia”.

28 de abril, à noite: “Mandei legendar”

Na entrada do Alvorada, em uma terça-feira, Bolsonaro anuncia que mandou legendar o vídeo da reunião ministerial, e que suas falas no encontro serão divulgadas em breve.

30 de abril, de manhã: voltando atrás

Na manhã de quinta-feira, Bolsonaro recua da ideia de divulgar o vídeo: “Último conselho que tive é não divulgar para não criar turbulência. Uma reunião reservada, então é essa a ideia. Talvez saia, mas por enquanto não”.

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