A ministra Laurita Vaz deu o quarto voto pela manutenção do afastamento de Wilson Witzel por 180 dias do governo do Rio de Janeiro. Ressaltou que a medida também proíbe que ele tenha contato com outros investigados e use qualquer estrutura da administração estadual.

“Entendo que a decisão está suficientemente motivada, porquanto necessária e adequada à garantia da ordem pública, bem como atende aos princípios da proporcionalidade e da contemporaneidade”, afirmou.

Com base nas provas colhidas em buscas e apreensões e quebra de sigilos, ela considerou que há “veementes indícios de autoria” da ocorrência dos crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro envolvendo o casal Wilson e Helena Witzel.

“Há fortes indícios de cometimento de crimes gravíssimos, envolvendo o governador afastado e a primeira-dama, que teriam recebido mais de meio milhão de reais, de empresas ligadas a serviços hospitalares, algumas de fachada em nome de laranjas”, disse a ministra.

São necessários mais 6 votos na Corte Especial, formada por 15 ministros, para manter o afastamento, determinado na sexta (28) pelo ministro Benedito Gonçalves.