Porta-vozes do tombo de Lula são desmentidos por… Lula
Eu respondo por mim, que fui um dos primeiros - senão o primeiro - a escrever sobre a gravidade da queda do presidente
Tão logo soube do acidente, ou melhor, do tombo que Lula levou em seu banheiro no Palácio da Alvorada, no sábado, 19, escrevi uma coluna a respeito, dizendo que de “pequeno acidente doméstico” aquilo não tinha nada. Em tempo: não estava, como não estou, obviamente, torcendo pela piora do quadro do presidente.
Mas quando um idoso – com 79 anos a ser completados no domingo que vem – cai em um banheiro, é sinal de que o equilíbrio e a força física dos membros inferiores encontram-se – o que é mais do que natural – debilitados. Sem contar com a possibilidade, nada incomum, de problemas neurológicos.
Como sei? Sou médico? Não. Conforme expus na minha coluna, infelizmente convivi – e ainda convivo – de perto, com idosos que sofreram quedas com a mesma idade, ou muito próxima, que a do presidente da República. Sou quase um PhD em cuidados médicos com pessoas de idade avançada.
Porta-vozes
A literatura médica é rica em apontar os fatores responsáveis por estes acidentes, e mais rica ainda em fornecer informações sobre as consequências e possíveis sequelas físicas, motoras, neurológicas e cognitivas decorrentes. Além disso, mostra, também, os cuidados imediatos necessários após o evento.
Os porta-vozes do lulopetismo na imprensa, ecoando a comunicação oficial, apressaram-se em dizer que “tudo estava bem” e que o presidente iria trabalhar normalmente no Palácio do Planalto, na segunda-feira, dia 21, e que apenas a viagem à Rússia estaria suspensa, por mera precaução médica.
A versão, até então espalhada por estes mesmos porta-vozes, era a de que o banquinho que Lula usa para tomar banho havia quebrado um pé. Porém, em telefonema ao candidato do PT à Prefeitura de Camaçari (BA), Luiz Caetano – divulgado por ele mesmo -, ficamos sabendo, pelo próprio presidente, que “A queda foi grave”.
Mais desinformação
E também, que precisaria “Aguardar 3 ou 4 dias para saber o estrago que fez batida”. Além disso, hoje, terça-feira, 22, a versão inicial espalhada para o tombo foi desmentida. Lula caiu ao se desequilibrar quando cortava as unhas do pé. E ao bater a cabeça em uma quina, houve muito sangramento.
Os porta-vozes do lulopetismo, ao lerem colunas como a minha, indignados, começaram a acusar um “movimento de extremistas de direita que desejam mal ao presidente”, e que estariam, segundo estes sabujos, inventando fatos que agravavam o real estado de saúde do “Rei Sol” – muito bem, obrigado.
Eu respondo por mim, que fui um dos primeiros – senão o primeiro – a escrever sobre a gravidade da queda. Não desejo, como afirmei, o mal de Lula. Meus maus sentimentos se limitam ao que ele fala e faz. Mas tampouco deixarei de analisar um fato, porque, na visão de alguns puxa-sacos, isso pode parecer indelicado ou mesmo “torcida contra”.
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