Lewis Hamilton e a tal aposentadoria
Os campeões Nigel Mansell e Damon Hill também desanimaram na fase final de suas carreiras. Será que Hamilton reage?
Desde que o atual regulamento técnico da Fórmula 1 passou a vigorar em 2022, trazendo o efeito solo de volta à Fórmula 1, Lewis Hamilton ainda não se encontrou.
Ok, a Mercedes, por onde correu até ano passado, errou a mão nos projetos dos carros nesses 3 anos, mas no geral, George Russell, companheiro de equipe de Lewis, acabou tendo resultados melhores e mais homogêneos.
Em 2025, o heptacampeão foi para a Ferrari, criando grande expectativa. Casa nova, novos engenheiros e uma abordagem diferente de carro em relação à sua antiga equipe, sua adaptação haveria de ser mais fácil.
Não foi.
Assim como na Mercedes, é seu companheiro de equipe quem tem levado a melhor na comparação interna e se entendido melhor com o equipamento, que também não é o melhor do mundo, temos que conceder.
O fundo do poço para Hamilton foi após a classificação do GP da Hungria, onde declarou que era um “inútil” e que a Ferrari deveria considerar a contratação de outro piloto para o seu lugar.
Não creio que ele vá pendurar as sapatilhas ao fim desse ano, sobretudo porque em 2026 a Fórmula 1 terá um regulamento novo, com carros e motores totalmente diferentes.
É natural que ele aposte que, sob essa nova realidade, com tudo diferente, seu estilo de pilotagem poderá voltar a se encaixar bem com um novo carro. Se vai ou não, são outros quinhentos, mas faz sentido ele pagar para ver. Ou receber, muito bem, para ver.
Vamos lembrar que, seja ainda esse ano ou no próximo ano, caso ele realmente desanime e decida abandonar a Fórmula 1, não seria um movimento inédito vindo de um veterano campeão inglês.
Em 1995, após não caber no cockpit da McLaren MP4/10 nas primeiras 4 etapas do ano, o “leão” Nigel Mansell, já meio fora de forma, finalmente estreou, mas um carro ruim e resultados desanimadores o fizeram encerrar a carreira após o GP da Espanha, aos 41 anos.
Em 1999 Damon Hill pilotava aquele que foi considerado o melhor carro da história da equipe Jordan, o 199, responsável por dar a seu companheiro de equipe, Heinz-Harald Frentzen, 2 vitórias e a chance real de disputar o título com Mika Häkkinen e Eddie Irvine.
Mas ele não se adaptou à F1 com pneus sulcados e anunciou que abandonaria a carreira após o GP da Inglaterra. Eventualmente foi convencido a seguir até o fim do ano, mas já desmotivado, parando aos 39 anos, no final da temporada.
Hoje com 40 anos, vamos ver se Hamilton manterá a motivação para tentar a sorte com o carro de 2026. Ou, quem sabe, se vai conseguir se entender melhor ainda com o carro desse ano.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)