Crusoé: Por que a Rússia prefere esconder Bashar Assad
Putin não foi recebê-lo e Kremlin alegou "razões humanitárias". Ex-ditador, contudo, tem 1,2 bilhão de dólares e comprou apartamentos de luxo em Moscou
O ditador deposto da Síria, Bashar Assad (foto), viajou para Moscou com a família pouco antes do grupo terrorista HTS tomar conta da capital Damasco, no domingo, 8.
Mas os russos, apesar de terem apoiado a família Assad desde os tempos da União Soviética, têm feito o possível para esconder o novo morador.
O ditador russo Vladimir Putin não foi se encontrar com ele.
Nenhuma foto de Assad e sua família circulou em lugar algum.
O desdém para com Assad é total.
Razões humanitárias
Um comunicado oficial afirmou que Assad foi admitido por “razões humanitárias“.
Uma frase como essa é praticamente dizer que a Rússia só o aceitou por compaixão. Se não fosse por isso, ele teria de escolher outro lugar para morar.
Quando jornalistas perguntaram para o porta-voz de Putin, Dimitry Peskov, se Vladimir Putin tinha concedido o asilo, Peskov tentou diminuir a importância da decisão.
“Essas decisões certamente não poderiam ser tomadas sem o chefe de Estado. Foi decisão dele”, afirmou Peskov.
Peskov também disse que nenhuma declaração oficial foi emitida sobre o assunto. “Uma fonte forneceu essa informação para a imprensa ontem”, disse ele, lacônico.
Motivos
A Rússia tem muito a perder com a presença de Assad em seu território.
O país tem uma base marítima em Tartus e uma base aérea em Latakia, que ficaram vulneráveis após a derrubada do ditador.
Sendo assim, os russos tentaram fazer um acordo o mais…
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