A insatisfação mundial com as poucas mortes de judeus
Nenhum povo, em nenhum momento da história moderna, foi - e ainda é - alvo de tanto ódio e desejo de aniquilação
Retornou com vigor o discurso de que morrem poucos judeus, e é só por isso a generalizada posição contra Israel no mundo. Na prática, o que deixa incomodados os sedizentes defensores da paz não são as mortes palestinas e libanesas, mas o fato de o sistema de defesa israelense funcionar tão bem, ainda que ao custo de milhões de dólares mensais, que esfacela a economia do país e impede seu crescimento mais vigoroso, mas que salva vidas.
A desproporção entre os ataques terroristas – diuturnos e ininterruptos, há anos – e a reação judaica é sempre apontada com alarido, ao passo de que nenhum destes arautos lembra-se do horror que é viver sob… terror! Imaginem seus pais e avós idosos, e suas crianças e bebês vivendo sob sirenes e correrias desenfreadas para o bunker mais próximo. Imaginem viver sob constante ameaça de facadas e bombas. Ë mesmo correto se falar em desproporção?
Morressem dezenas de milhares de israelenses, principalmente judeus, talvez o mundo não se importasse tanto com as vítimas em Gaza e no Líbano. Para cada lembrança de um sequestrado sob poder do Hamas, assistimos a dezenas de acusações de falso genocídio. Para cada lamento pela barbárie de 7 de outubro, ouvimos a falácia de que Israel não quer dois estados. Quando se reconhece o direito judeu à defesa, há sempre um “mas” no meio do caminho.
Antissemitismo
Nenhum povo, em nenhum momento da história moderna, foi – e ainda é – alvo de tanto ódio e desejo de aniquilação. Se o Irã fosse uma potência nuclear como é Israel, alguém poderia afirmar, de forma honesta, que ainda existiriam cerca de seis milhões de judeus no Oriente Médio? Se os Estados Unidos não fossem aliados da única democracia da região, existiria o Estado de Israel? São perguntas meramente retóricas, claro, pois todos sabem a resposta.
Não há um único israelense, judeu ou não, ou mesmo qualquer ser humano dotado de um mínimo de empatia que assiste, feliz, à tragédia humanitária em curso na região. É triste demais e dói no fundo da alma o sofrimento de milhões de pessoas subjugadas pelo terrorismo patrocinado pelos aiatolás iranianos, que utilizam o sofrimento dos palestinos e libaneses para tentar eliminar, em nome de Alá, os judeus da face da Terra.
Há tão somente um culpado nessa história toda, e não é Israel – ainda que exceda, que erre e que tenha suas responsabilidades. Chama-se antissemitismo! Culpar o agredido, o perseguido e, no limite, a própria vítima por se defender, por tentar sobreviver, muito mais do que injusto e cruel, é se alinhar e endossar a máquina de morte criada e programada para destruir Israel e terminar, finalmente, o que Hitler um dia começou.
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Comentários (7)
Sandra
02.10.2024 19:20Irã cria grupos terroristas nos países vizinhos e se esconde embaixo da mesa; esses países deveriam é estar apoiando Israel pra se livrarem da influencia criminosa do Irã em seus territórios.
Márcia Franco Neuding
01.10.2024 20:20Grande artigo, Ricardo. Parabéns! Afiado, inteligente e chave de ouro no final.
Evandro Sant´Anna Soncim
01.10.2024 09:54Realmente, só olham um lado da moeda. Se Israel não tivesse um excelente sistema de defesa e o apoio dos Estados Unidos, já não exisitiria a muito tempo. Fantástica a história desse povo! Que instinto de sobrevivência!!!
MARCEL SILVIO HIRSCH
01.10.2024 08:33Em um mundo de maioria idiota, quem tem um pouquinho de inteligência é motivo de inveja. Há quem chame de antissemitismo.
Paulo Pires
01.10.2024 06:47E só não tem mais mortes graças ao sistema de defesa israelense. Durante um ano, o Hezzbollah lançou estimados 9.300 foguetes e mísseis, como forma de apoiar o Hamas, fato raramente noticiado pela imprensa chapa-branca!
José Mancusi
30.09.2024 19:03Perfeito!
Eduardo
30.09.2024 17:25Ótima análise!