Crusoé: “Um país bloqueado entre o alívio e o medo”
Estagnado, o Brasil troca uma direita reacionária que idealiza a ditadura por uma esquerda nostálgica do passado que inventou, escreve Jerônimo Teixeira na Crusoé...
Estagnado, o Brasil troca uma direita reacionária que idealiza a ditadura por uma esquerda nostálgica do passado que inventou, escreve Jerônimo Teixeira na Crusoé.
“‘Sensação geral de alívio’, anotou Carlos Drummond de Andrade em seu diário. A expressão me veio à memória no dia 30 de outubro, quando se anunciou a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro. No meu círculo de amigos e conhecidos, mesmo aqueles que sempre se opuseram ao PT, o sentimento predominante foi mesmo o alívio.”
“Ufa!, exclamávamos: encerrou-se um governo marcado pelo descaso com a saúde e a vida, pelo fetiche militarista e autoritário, pela retórica vulgar e agressiva, pelo permanente atrito institucional.”
“O meu alívio veio carregado de cautela e reticência. A cautela impõe-se pelo óbvio motivo de que o partido do mensalão, do petrolão e da recessão está voltando ao poder. A reticência têm a ver com a figura macambúzia que deixa o Palácio do Planalto. Não estou convencido de que o país tenha superado Bolsonaro.”
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