Há um dia de prescrever, a ação penal contra o deputado federal Silas Câmara (Republicanos-AM) não tem previsão de voltar à pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), após os ministros André Mendonça e Dias Toffoli terem pedido vistas do processo no dia 10/11.

O parlamentar, que foi denunciado em 2010, é acusado pelo crime de peculato por se apropriar do salário de seus assessores para o pagamento de contas pessoais, prática conhecida como “rachadinha”.

Câmara e Mendonça, por sinal, têm histórico de amizade. O ministro do STF agradeceu em um culto evangélico ao deputado e pastor pelo apoio, quando foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro a uma vaga no Supremo.

“O pastor e deputado federal Silas Câmara foi um ombro amigo que Deus enviou através de vocês para que eu pudesse chegar aonde eu cheguei. Então meu muito obrigado, deputado pastor Silas Câmara”, disse o ministro André Mendonça em um vídeo à época.

Antes do pedido de vistas de Mendonça e Toffoli, cinco ministros já haviam votado favoravelmente pela condenação do deputado, que poderia ter seu mandato cassado caso condenado.