Coordenador de estudo sobre urnas diz que relatório do PL é “preliminar” e “confidencial”
Depois de O Antagonista revelar a estratégia do PL de questionar formalmente o resultado da eleição presidencial, o engenheiro Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, contratado pelo partido, emitiu nota para dizer que "o trabalho de fiscalização do PL termina em dezembro, está em andamento"...
Depois de O Antagonista revelar a estratégia do PL de questionar formalmente o resultado da eleição presidencial, o engenheiro Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, contratado pelo partido, emitiu nota para dizer que “o trabalho de fiscalização do PL termina em dezembro, está em andamento”.
“Ainda não foi divulgada qualquer versão final de relatório, temos estudos em andamento. A versão publicada pelo Antagonista é obsoleta e não está assinada por ninguém”, afirmou. Como mostramos, o IVL foi contratado pelo partido de Valdemar Costa Neto para auditar o processo eleitoral.
Embora classifique de “obsoleto”, o documento publicado por O Antagonista é datado desta terça-feira 15 e foi compartilhado internamente na cúpula do PL e do governo de Jair Bolsonaro. Trata-se, portanto, de um documento real e atual, ainda que não seja a versão final — como, aliás, está estampado na primeira página.
Questionado diretamente por O Antagonista, Rocha explicou sua versão. “Após a contratação do IVL para a fiscalização pelo PL, todo o trabalho realizado pelo IVL é CONFIDENCIAL e, se for divulgado, o será pelo PL. Até ser liberada a versão final, os documentos são classificados como PRELIMINAR.”
Na prática, o engenheiro está proibido contratualmente de se manifestar sobre o conteúdo do relatório, que conclui não ser “possível validar os resultados gerados em todas as urnas eletrônicas de modelos 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015”.
“Não sei quem divulgou o relatório. Trata-se de um documento confidencial em construção, preliminar”, acrescentou.
A estratégia do PL para questionar o resultado eleitoral engloba os achados do IVL sobre as urnas, a auditoria de inserções em rádios e as decisões do TSE a respeito da retirada do ar de conteúdo classificado como fake news.
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