O ministro Benedito Gonçalves, do TSE, deu três dias para que o ministro da Justiça, Anderson Torres (foto), e o presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Alexandre Cordeiro Macedo, se manifestem sobre os indícios de desvio de finalidade nos inquéritos instaurados para escrutinar o desempenho de institutos de pesquisa no primeiro turno.

Gonçalves afirmou ver um possível uso dos órgãos administrativos “para lograr objetivos eleitorais”, ou seja, favorecer a narrativa do presidente Jair Bolsonaro.

A determinação de Benedito Gonçalves ocorre depois de o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE,  derrubar os processos no Cade e na Polícia Federal contra institutos. 

Em seu despacho, Moraes afirmou que as investigações “são baseadas, unicamente, em presunções relacionadas à desconformidade dos resultados das urnas com o desempenho de candidatos retratados nas pesquisas”, sem que haja indicação de ilícitos. Segundo Moraes, “compete à justiça eleitoral a fiscalização das entidades de pesquisa”