Sergio Moro e Podemos trocam acusações
Quase seis meses depois de ter deixado o Podemos, Sergio Moro e Renata Abreu protagonizam uma espécie de divórcio litigioso via imprensa. No fim de semana, Veja trouxe reportagem em que o ex-juiz afirma que saiu da legenda por suspeita de corrupção envolvendo seus integrantes. A presidente do partido reagiu, acusando-o agora de tentar beneficiar amigos com dinheiro do fundo partidário e fazer caixa 2...
Quase seis meses depois de ter deixado o Podemos, Sergio Moro e Renata Abreu protagonizam uma espécie de divórcio litigioso via imprensa. No fim de semana, Veja trouxe reportagem em que o ex-juiz afirma que saiu da legenda por suspeita de corrupção envolvendo seus integrantes. O comando do partido reagiu, acusando-o agora de tentar beneficiar amigos com dinheiro do fundo partidário e fazer caixa 2.
“A decisão de filiação de Moro ao Podemos começa no estilo proposta indecente: que o partido custeasse um salário de R$ 40 mil – remuneração de ministro do STF – e pelo prazo de quatro anos, a pretexto de lhe garantir segurança familiar e o luxo ao qual está habituado, caso o projeto eleitoral naufragasse”, diz mensagem do partido, presidido por Renata.
Segundo a mensagem, “Moro buscou inserir diversos profissionais e prestadores de serviços no partido para desafogar sua folha de parceiros”. “A negociação de Moro veio acompanhada de uma segunda proposta indecente que a viabilizasse: parte dos recursos poderiam vir do fundo partidário para custeio dos valores e a outra parte ele encontraria meios externos para fechar a conta.”
Moro, diz o partido, “utilizou de um farto caixa 2, do repasse de contas a pagar crescentes ao partido e de um laranja particular, Luis Felipe Cunha, que dá indícios de ser sócio oculto do ex-juiz e agora seu primeiro suplente pela candidatura ao Senado”.
Em nota encaminhada a este site, o ex-juiz rebateu as acusações e disse que adotará “imediatamente, as medidas judiciais cíveis e criminais cabíveis contra o Podemos e seus dirigentes envolvidos nessas caluniosas e difamatórias acusações.”
Ao Estadão, Moro rebateu a dirigente partidária e reiterou suas denúncias.
“É uma clara prática da velha política. Cortina de fumaça para esconder o principal: os indícios de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a alta cúpula do Podemos, encontrados e formalizados no relatório de auditoria que foi revelado pela revista Veja. A falta da tomada de qualquer providência pelos dirigentes e o fim prematuro da auditoria determinaram a minha saída do partido.”
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