Abin atestou que votos não podem ser alterados em urnas eletrônicas
Integrantes do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações (Cepesc) da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) atestaram que não é possível se alterar o registro do voto nas atuais urnas eletrônicas...
Integrantes do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações (Cepesc) da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) atestaram que não é possível se alterar o registro do voto nas atuais urnas eletrônicas.
As conclusões constam em relatório técnico do TSE relacionado ao teste público de urnas de 2017, prévio às eleições anteriores. O assunto voltou à tona essa semana após o presidente da República, Jair Bolsonaro, criticar o sistema eletrônico e induzir embaixadores, com notícias falsas, que houve fraude no pleito de 2018 e em 2014.
Segundo análise dos técnicos do TSE, foi possível, durante os testes públicos de segurança das urnas, acessar o chamado arquivo RDV que é o Registro Digital de Voto, uma tabela digital que registra quantos votos cada candidato obteve.
Entretanto, para conseguir alterar os dados que estão no sistema, seria necessário o rompimento do lacre da urna, a retirada da mídia, a decodificação dos arquivos para só depois se incluir novamente a mídia na urna eletrônica com as alterações sobre os votos.
“Todos esses procedimentos precisariam ser feitos na seção eleitoral, que conta com quatro mesários, diversos eleitores, fiscais de partido e até da imprensa”, descreve o TSE em seu relatório técnico sobre os testes de 2017.
Assim, para se alterar o resultado das eleições de forma substancial, um mesmo grupo teria que adotar esse mesmo processo em boa parte das 577 mil urnas que serão utilizadas no pleito de outubro.
“Embora tenha sido possível fazer a leitura do RDV [Registro Digital do Voto], não foi possível modificar o conteúdo do arquivo. Isso porque o RDV está protegido por assinatura digital Cepesc/Abin e a sua validação funcionou perfeitamente”, reafirmou o TSE.
Durante a apresentação aos embaixadores, Jair Bolsonaro duvidou da lisura do processo eleitoral e tomou como base um inquérito da PF que ainda está em curso sobre as urnas eletrônicas. A investigação apontou que hackers tiveram acesso aos sistemas de informática do TSE, mas não tiveram acesso às urnas eletrônicas.
Mais cedo, como mostramos, técnicos da Abin divulgaram uma nota reafirmando a sua confiança nas urnas eletrônicas.
“Ao longo de toda a história da utilização da urna eletrônica, os profissionais de Inteligência deEstado têm prestado apoio técnico especializado à Justiça Eleitoral no fornecimento e implementação de sistemas e dispositivos criptográficos, que contribuem para a autenticidade, confidencialidade e inviolabilidade dos programas e dados das urnas utilizadas no país”, escreveram os técnicos hoje em nota oficial.
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