Mourão acredita que Bolsonaro ultrapassará Lula nas pesquisas antes de julho
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse a O Antagonista acreditar que, hoje, há uma tendência de crescimento de Jair Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto para a corrida presidencial deste ano. "Até junho ou julho, o presidente vai estar à frente das pesquisas...
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse a O Antagonista acreditar que, hoje, há uma tendência de crescimento de Jair Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto para a corrida presidencial deste ano.
“Até junho ou julho, o presidente vai estar à frente das pesquisas.”
Sobre o fato de Bolsonaro aparecer como derrotado em todos os cenários de eventual segundo turno, Mourão afirmou que, “em 2018, as pesquisas também mostravam isso e Bolsonaro não ganhava nem do Tio Patinhas”.
Para o vice-presidente, o arrefecimento da pandemia de Covid contribuiu para a melhora de Bolsonaro nos levantamentos mais recentes. “Com a vida voltando ao normal, as pessoas tendem a ter menos raiva do que está acontecendo em volta”, opinou.
Mourão acrescentou que, no entender dele, a inflação — que está em alta no Brasil e também em outros países, como os Estados Unidos — pode acabar não desgastando tanto a avaliação do atual governo. Ele citou a “queda do dólar” e a “energia mais barata” como fatores econômicos que poderão ser usados pela campanha de Bolsonaro para se contrapor aos impactos da escalada geral dos preços na popularidade do presidente.
O vice-presidente também afirmou que “Lula saiu da moita, depois de passar muito tempo jogando parado” e isso, ainda na avaliação dele, favorece Bolsonaro.
“Agora, a turma precisa ficar corrigindo as declarações do Lula o tempo todo. Então, não foi apenas um fator, mas todo um conjunto de coisas que acabaram ajudando o Bolsonaro.”
Mourão afirmou, ainda, que, com a saída do ex-juiz da Lava Jato da disputa presidencial, “os votos do Sergio Moro vieram para o presidente Bolsonaro”. Para Mourão, a chamada Terceira Via não decola porque, apesar de serem “pessoas boas”, “são pouco conhecidas da população brasileira”.
O vice-presidente prevê que, seguindo uma tendência observada nas últimas eleições, o pleito de outubro terá índices recordes de abstenção e de votos nulos e brancos.
No último fim de semana, Mourão viajou com Bolsonaro, a convite do presidente, pelo interior do Rio Grande do Sul, estado pelo qual o atual vice tentará uma vaga ao Senado pelo Republicanos. “Eu o apoio, ele me apoia. E a vida segue assim”, respondeu Mourão, quando questionado se a relação entre os dois melhorou.
Por enquanto, Bolsonaro tem repetido que há “90% de chance” de Walter Braga Netto, atual ministro da Defesa, ser o vice na chapa à reeleição. Mas, nos bastidores do Planalto, há quem acredite que o Centrão não desistiu de emplacar um “nome da política”. Leia mais sobre esse assunto aqui.
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