Sergio Moro tentou até o fim manter sua pré-candidatura à Presidência pelo Podemos, mas foi surpreendido nos últimos dias com a visita de Renata Abreu e de três senadores, dispostos a dissuadi-lo da disputa.

Com pesquisas debaixo do braço, a presidente e alguns dos principais nomes da legenda pediram ao ex-juiz para desistir. 

A campanha já vinha sofrendo boicote financeiro do partido e vários fornecedores estão com pagamentos atrasados, mas seu coordenador, o advogado Luis Felipe Cunha, vinha buscando doações de empresários. 

A ofensiva política, porém, foi a gota d’água. Permanecer na legenda diante desse cenário inóspito seria suicídio.

Sem saída, Moro aproveitou a boa relação construída com Luciano Bivar e topou migrar para a União Brasil, mesmo sem garantia de uma candidatura presidencial. O ex-ministro tem apenas a palavra de Bivar, que ainda insiste na construção de um projeto conjunto com outros candidatos do centro democrático.

Como O Antagonista já mostrou, a turma de ACM Neto na União não aceita Moro na cabeça de chapa. No máximo, uma candidatura a deputado federal. Alguns até admitem o ex-juiz ao Senado, mas alguns ajustes precisariam ser feitos.

Moro foi traído uma vez e sabe que poderá ser traído de novo, mas ficou sem opções.