A Lava Jato espantou o fantasma de Celso Daniel
Alexandre de Moraes explicou ao Estadão por que, no universo da criminalidade organizada que reúne os tráficos de drogas e de armas, não aparece ninguém importante para delatar. "A corrupção na política é um crime organizado, mas não é violento. E é mais fácil delatar alguém que...
Alexandre de Moraes explicou ao Estadão por que, no universo da criminalidade organizada que reúne os tráficos de drogas e de armas, não aparece ninguém importante para delatar.
“A corrupção na política é um crime organizado, mas não é violento. E é mais fácil delatar alguém que não é violento. Tente verificar quantas vezes o MPF e a PF conseguiram pegar um chefe do tráfico ou traficante de armas com delação. Nenhuma. Por isso é que estamos precisando de outras medidas para a criminalidade violenta.”
O Antagonista lembra, no entanto, que o primeiro delator da Lava Jato, Paulo Roberto Costa, já admitia temer pela sua integridade física.
“Eu tenho medo. Porque nós estamos falando com [de] uma gente muito graúda.”
Um delegado, na ocasião, afirmou que os citados não tinham histórico de violência, ao que Costa sorriu e disse “Celso Daniel”, referindo-se ao prefeito petista de Santo André (SP) assassinado no início de 2002, o primeiro de uma fila de oito cadáveres ligados ao caso. Acrescentou ter ouvido “de muita gente” que “foi o PT que encomendou”.
Se Costa delatou, e sua sobrevivência após a delação abriu a porteira das outras, foi só porque a Lava Jato, na medida do possível, soube espantar o fantasma de Celso Daniel.
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