O saidão de Lula
O Brasil que tirou Lázaro da cadeia foi o mesmo que tirou Lula da cadeia. Ninguém pode comparar os crimes de um e de outro. Mas dá para comparar as anomalias de um sistema judiciário doente...
O Brasil que tirou Lázaro da cadeia foi o mesmo que tirou Lula da cadeia. Ninguém pode comparar os crimes de um e de outro. Mas dá para comparar as anomalias de um sistema judiciário doente.
Nesta segunda-feira, Ricardo Lewandowski usou as mensagens roubadas da Lava Jato para anular todas as provas que a Odebrecht ofereceu contra Lula, com o argumento de que o acordo da empreiteira com autoridades estrangeiras foi ilegal. Não há nada que demonstre isso, exceto as imposturas dos advogados do ex-presidiário. Elas foram o bastante, porém, para convencer o ministro escolhido pelo próprio Lula, com o qual ele comia frango à passarinho em São Bernardo do Campo.
É claro que, se o acordo da Odebrecht foi anulado no caso de Lula, ele tem de ser anulado igualmente em todos os outros casos. As confissões dos empreiteiros, que detalharam a propina paga a Lula e seus comparsas, juntamente com as provas que eles forneceram aos procuradores, a fim de validar o acordo, precisam ser jogadas no lixo. O saidão é geral.
Lázaro morreu, mas vai voltar. Lula também morreu – e já voltou.
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