A classe política mais nefasta do mundo é espelho do país
Temos a classe política mais nefasta do mundo, e não é uma metáfora. Eles estão nos matando com a sua perversidade, a sua incompetência, a usa tibieza, o seu oportunismo. Tratam da pandemia em convescotes e conchavos, fazendo cálculos eleitoreiros e financeiros enquanto os hospitais empilham corpos. É um espetáculo nojento...
Temos a classe política mais nefasta do mundo, e não é uma metáfora. Eles estão nos matando com a sua perversidade, a sua incompetência, a usa tibieza, o seu oportunismo. Tratam da pandemia em convescotes e conchavos, fazendo cálculos eleitoreiros e financeiros enquanto os hospitais empilham corpos. É um espetáculo nojento.
Jair Bolsonaro, o sociopata no Palácio do Planalto, acumpliciado com o Centrão, tem neste exato momento dois ministros da Saúde, ambos fantoches seus, figuras incapazes de coordenar o estoque de uma farmácia e que fazem coro ao chefe alucinado quanto ao uso da porcaria da cloroquina e da porcaria da ivermectina contra a Covid, como se fossem panaceias. A cada fala dos cretinos da direita, os invertebrados morais da esquerda mal contêm a alegria baseada no “quanto pior, melhor”. Sem coordenação e método, governadores e prefeitos fecham e abrem estados e cidades, em quarentenas brandas demais e distanciamentos fajutos demais para abaixar a curva de propagação do vírus. O mesmo governante que diz cuidado com o vírus à população retira ônibus de circulação, para manter a margem de lucro do amigo dono da empresa, não importa se isso lota ainda mais a condução. Com a sua irresponsabilidade e cinismo, a cada dia contratam milhares de mortes que ocorrerão dali a uma quinzena ou um mês, no máximo. E quem cumpriu a obrigação e comprar vacinas na hora certa quer ser reverenciado como herói, sem pudor de trombetear como façanha o que não passa de tarefa básica de mandato.
Pelo menos metade da população continua a viver como se tragédia não houvesse, como se o colapso hospitalar fosse uma invenção da imprensa: desprezam o uso de máscara, aglomeram-se, fazem festas clandestinas ou abertas, em desafio ao poder público que praticamente inexiste. E não culpemos os miseráveis, por favor, porque é indecente até mesmo para os nossos padrões. Há muita gente que poderia, sim, estar em casa, mas prefere ignorar os avisos dos médicos e ridicularizar a prudência. É como se gritassem Abajo la inteligencia, viva la muerte.
Não nos enganemos: a classe política mais nefasta do mundo é espelho do país. Bato na mesma tecla: somos nós que a elegemos e a reelegemos. Já concentramos 25% das mortes por Covid e essa porcentagem tende a aumentar. Mas sempre acharemos que sairá barato meio milhão ou mais de mortos na pandemia, porque a vida aqui nunca teve valor, essa é que é a verdade. Há brasileiros e brasileiros, decerto. Os primeiros não merecem os segundos. Ninguém merece. Todos, no entanto, somos párias no concerto das nações.
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