Crusoé: a guerra de Aras contra a Lava Jato
Reportagem de Helena Mader na Crusoé mostra como o procurador-geral da República, Augusto Aras, avança ainda mais contra a Lava Jato e anima as diversas correntes políticas interessadas em torpedear a operação...
Reportagem de Helena Mader na Crusoé mostra como o procurador-geral da República, Augusto Aras, avança ainda mais contra a Lava Jato e anima as diversas correntes políticas interessadas em torpedear a operação.
Leia um trecho:
“Em sua edição 114, que foi ao ar na sexta-feira, 3 de julho, Crusoé revelava a ofensiva do procurador-geral da República, Augusto Aras, contra a Lava Jato. A reportagem de capa mostrava como Aras e sua fiel escudeira, a subprocuradora Lindôra Araújo, atuavam no sentido de controlar as forças-tarefas anticorrupção ao determinar o compartilhamento com a PGR de todos os dados sigilosos amealhados pela operação ao longo de seis anos de investigação. Como se observou nos últimos dias, aquele foi apenas um aperitivo do que viria pela frente.
Durante a semana, Aras, pela primeira vez, disse com todas as letras o que pensava desde que foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro, fora da lista tríplice, para a cadeira de procurador-geral da União. Em uma live organizada por advogados notórios críticos da Lava Jato, na noite de terça-feira, 28, o procurador-geral deixou de lado os últimos resquícios de pudor e partiu para o ataque aberto e escancarado. Em meio a uma sequência de termos vagos, indiretas e ilações, disse que é preciso ‘corrigir rumos’ e acusou a força-tarefa de ‘bisbilhotar’ a vida de 38 mil pessoas. Afirmou ainda que o trabalho encabeçado pela equipe de Curitiba, o ‘lavajatismo’, seria uma ‘caixa de segredos’.
O discurso contra a Lava Jato parecia sair não da cúpula da PGR, mas de um carro-de som de militantes petistas habituados a bradar contra a operação que levou Lula à prisão. Como era de se esperar, próceres do partido declararam na sequência do pronunciamento de Aras estar “de alma lavada” após o que chamaram de ‘live histórica’ do procurador-geral da República. O episódio representou o ápice do alinhamento de posições entre a PGR bolsonarista e a esquerda anti-Lava Jato e expôs um acordão suprapartidário, com o Centrão incluído, na tentativa de implodir de vez o trabalho dos procuradores e policiais federais.”
Leia aqui a reportagem completa.
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