Pacheco defende fim da reeleição, mas apoia a de Lula
"Se a decisão fosse hoje, eu apoiaria a reeleição de Lula", afirmou o presidente do Senado em entrevista ao 'Uol'
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem defendido o fim da reeleição para cargos do Executivo no Brasil, como voltou a fazer na terça-feira, 29, em evento com políticos, empresários e investidores realizado em Londres, no Reino Unido. Contudo, em entrevista concedida durante o mesmo encontro, ele disse apoiar a reeleição do presidente Lula (PT) em 2026.
“Se a decisão fosse hoje, eu apoiaria a reeleição de Lula”, afirmou o presidente do Senado ao Uol. “Eu me filio à linha de que seria interessante para o Brasil ter a continuidade por mais quatro anos do presidente Lula no governo”.
“Pode haver uma compreensão de que há um favoritismo pleno do presidente Lula e então a política pode ser atraída a uma candidatura mais óbvia”, continuou.
Pacheco não é a favor do fim da reeleição?
Aos empresários, Pacheco reforçou sua meta de aprovar no Senado, antes de deixar a presidência da Casa em fevereiro de 2025, o fim da reeleição no Brasil.
“Temos esse compromisso de inteligência artificial, de mercado de crédito de carbono, de reforma tributária, de Código Eleitoral e, se eu for abençoado com o apoio de meus colegas, também o fim da reeleição no Brasil, com um mandato de cinco anos”, afirmou Pacheco no Lide Brazil Conference London.
“Ninguém consegue conviver com um estado permanente eleitoral, com a busca sempre de um novo mandato, eu acho que o fim da reeleição com mandato de cinco anos para o Executivo seria interessante para o nosso país”, acrescentou.
Caso a Proposta de Emenda à Constituição que trata sobre o fim da reeleição avance, a mudança Constitucional deverá valer a partir de 2030 nas eleições nacionais. Em 2026, o presidente Lula (PT), bem como governadores em primeiro mandato, poderão disputar o pleito pela segunda vez seguida, caso queiram.
Pacheco, ministro do STF?
Prestes a deixar a presidência do Senado, Pacheco sinalizou o desejo de ser indicado como ministro do Supremo Tribunal Federal.
“Só vou pensar em futuro político após fevereiro do ano que vem. Mas me sinto profunda e plenamente realizado com meu mandato de senador, tendo a honra de ter sido presidente do Senado duas vezes com a idade que eu tenho. Quando entrei na política, tenho falas de quem tinha data de entrada e data de saída. É provável que eu cumpra isso”, afirmou.
“É óbvio que, quem é advogado como eu, alguém já disse que, se falar do Supremo Tribunal Federal, é algo que você não trabalha, mas também não recusa”, completou.
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