PF apreende armas e R$ 3 mi com investigados por venda de sentenças no MS
Cinco desembargadores do TJ-MS foram afastados do cargo em função da investigação sobre a venda de sentenças no estado
A Polícia Federal apreendeu armas na casa de dois dos desembargadores afastados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suspeita de envolvimento na venda de sentenças no Mato Grosso do Sul.
Durante as operações de busca e apreensão, também foram encontrados mais de 3 milhões de reais em espécie.
A maior parte do montante, cerca de 2,7 milhões de reais, estava na residência de um único investigado.
Cinco desembargadores são afastados do TJ-MS
Cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ-MS) foram afastados nesta quinta-feira, 24, por determinação do STJ em função da investigação sobre a venda de sentenças no estado.
São eles: Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJ-MS; Vladimir Abreu da Silva; Alexandre Aguiar Bastos; Sideni Soncini Pimentel; e Marco José de Brito Rodrigues.
O conselheiro do Tribunal de Contas do Mato Grosso do Sul Osmar Domingues Jeronymo e seu sobrinho Danillo Moya Jeronymo, que é servidor do TJ-MS, também foram distanciados dos cargos que ocupam.
O afastamento é válido por 180 dias.
Venda de sentenças passava por filhos de desembargadores
A PF afirmou que o esquema de venda de sentenças passava pelos filhos dos desembargadores afastados.
Advogados e sócios de escritórios de advocacia, os filhos dos magistrados são acusados de utilizarem suas pessoas jurídicas para “burlar mecanismos de rastreamento do fluxo de dinheiro”.
“As conversas travadas entre a analista judiciária Natacha [Neves Bastos] e a magistrada Kelly [Gaspar] corroboram a hipótese criminal levantada no presente inquérito policial, no sentido de que a negociação de decisões judiciais ocorra por intermédio dos filhos dos desembargadores”, disse a PF.
“[Os filhos são], em sua maioria, advogados e sócios de escritórios de advocacia e utilizariam de suas pessoas jurídicas na intenção de burlar os mecanismos de rastreamento do fluxo de dinheiro”, acrescentou.
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