O prefeito e candidato à reeleição em São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que não irá pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF, no ato de 7 de setembro convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Não vou defender impeachment, quem tem que tratar do impeachment são os senadores, compete aos senadores definir se existe algo de errado ou não”, disse o emedebista em sabatina realizada pela rádio Eldorado FM nesta segunda-feira, 2.

“Estarei ali como cidadão defendendo a liberdade, a democracia. A manifestação é para garantir o Estado democrático de direito, quem tem que defender o impeachment é o Senado, eu vou estar lá defendendo a democracia, defendendo a liberdade, que é o que sempre defendi”, acrescentou.

Sem desconforto

Questionado se não ficará desconfortável se houver manifestantes com bandeiras pedindo o impeachment de ministros do STF ou a ditadura militar, como ocorreu em outras ocasiões, Nunes respondeu:

“Eu não vou levantar faixa nenhuma, vou estar lá com a minha camisa amarela demonstrando minha defesa enfática da democracia, da liberdade, não vou me constranger com nada que outras pessoas façam. O meu comportamento é de quem sempre defendeu a democracia.

Eu sou prefeito da maior cidade da América Latina, tenho consciência da minha responsabilidade daquilo que eu preciso me posicionar. Como prefeito eu jamais vou cometer uma fala irresponsável pelo exercício do meu cargo, quem decide isso são os senadores, cabe aos senadores fazer a avaliação, cabe a imprensa e cabe a todos nós.”

Será que desta vez Nunes vestirá a camisa?

À rádio Eldorado, Nunes prometeu ir ao ato com sua camisa amarela para demonstrar sua “defesa enfática da democracia”. Da última vez em que participou de um ato semelhante, em 25 de fevereiro, o emedebista, que não é o “candidato dos sonhos” de Bolsonaro, não alterou seu outfit e utilizou uma camiseta amarela por cima de sua habitual camisa social branca para atender ao dress code estabelecido pelo ex-presidente.

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