Cunha aponta “gol de mão” na tabelinha de Lula com Zanin
O deputado cassado reclamou da estratégia do Palácio do Planalto de apelar ao STF contra o Congresso e deu uma dica de como os senadores podem reverter a questão
O deputado cassado Eduardo Cunha (foto) voltou ao noticiário político por conta de articulações na Câmara e na Prefeitura do Rio de Janeiro. Neste domingo, 28, ele deu seu pitaco sobre a estratégia do governo Lula de apelar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar a desoneração da folha de pagamento prorrogada pelo Congresso Nacional.
“Um verdadeiro absurdo, o gol de mão do governo em provocar a justiça, para acabar com a desoneração da folha de pagamentos. Eu até acho errada a desoneração da forma que está, mas foi a aprovada pelo Congresso, vetada pelo governo e teve o seu veto derrubado”, analisou o ex-presidente da Câmara.
O Palácio do Planalto não apenas recorreu ao STF para se impor no embate com o Congresso, como a Advocacia Geral da União (AGU) escolheu o ministro Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula e indicado pelo petista para o tribunal, para ser o relator do caso.
Uma dica de Cunha
“O mais importante é que a desoneração estava prevista na lei orçamentária aprovada, sendo o argumento do governo na ação uma falácia”, disse Cunha em seu perfil no X, reforçando o que já havia dito o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao anunciar recurso contra a liminar de Zanin, que já foi referendada por cinco colegas de STF — o julgamento em plenário virtual foi interrompido por pedido de vista do ministro Luiz Fux.
O deputado cassado finaliza a sequência de postagens com uma dica para os senadores: “Agora o Senado tem uma oportunidade de consertar isso, bastando na votação do PLP 233, que trata do DPVAT, onde o governo colocou um jabuti para aliviar o arcabouço fiscal, amarrar esse jabuti com a despesa da desoneração da folha. Se fizer isso, ou o jabuti morrerá ou o governo terá de rever essa posição”.
Cunha não conseguiu se eleger deputado em 2022, quando se arriscou a concorrer a uma cadeira na Câmara por São Paulo. A vaga do Rio de Janeiro ele deixou para a filha Dani Cunha (União-RJ), cujo mandato serve de pretexto para o deputado cassado frequentar a Câmara com assiduidade próxima daqueles que foram eleitos.
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