Haddad minimiza ‘bronca’ de Lula: “Só faço isso”
Ministro da Fazenda minimizou a cobrança de Lula sobre articulação com o Congresso Nacional
Fernando Haddad minimizou na tarde desta segunda-feira, 22, a “bronca” do presidente Lula (PT) para que o ministro da Fazenda se envolva nas negociações com o Congresso Nacional. Indagado por jornalistas sobre a cobrança feita pelo petista, o chefe da pasta respondeu:
“Eu só faço isso da vida”, disse o ministro na portaria do Ministério da Fazenda, antes de seguir para o Palácio do Planalto para uma reunião com o presidente da República.
Mais cedo, Lula cobrou que Haddad e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também atuem nas negociações com a Câmara e Senado. “Isso significa que o (vice-presidente) Alckmin tem que se mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad, ao invés de ler um livro, tem que perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara“, disse Lula.
Na semana passada, Haddad precisou antecipar sua volta ao Brasil para tentar conter as chamadas “pautas-bombas” no Congresso Nacional. No Senado, por exemplo, a aprovação da PEC do Quinquênio pode custar R$ 42 bilhões por ano aos cofres públicos, pois beneficia salários de juízes de primeira instância até os dos Supremo.
O petista ainda defendeu que Wellington Dias, do Desenvolvimento Social, e Rui Costa, da Casa Civil, passem “a maior parte do tempo” conversando com as bancadas.
“O Wellington (Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social) o Rui Costa (da Casa Civil), passar maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B”, disse Lula no Planalto.
Ao fim do pronunciamento, o chefe do Executivo amenizou o tom crítico. “É difícil, mas a gente não pode reclamar, a política é exatamente assim. Ou você faz assim, ou não entra na política”, completou.
Reforma tributária
Ainda aos jornalistas, Fernando Haddad confirmou que o governo pretende enviar ao Congresso Nacional ainda nesta semana os projetos de regulamentação da reforma tributária. A expectativa é de que sejam apresentadas duas propostas.
“Se o presidente bater o martelo nesses dois pontos, que não parecem difíceis de resolver, podemos encaminhar. Esta semana vai, precisamos entregar esta semana”, disse Haddad.
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