Columbia cancela aulas presenciais por ocupação antissemita
A presidente da universidade expressou profundo pesar pela situação e pela deterioração dos laços comunitários, que "serão difíceis e demorarão a ser refeitos"
Em um comunicado divulgado na madrugada desta segunda-feira, 22, a presidente da Universidade de Columbia, a muçulmana Nemat Shafik, informou que todas as aulas serão realizadas virtualmente devido à ocupação do campus por manifestantes pró-Hamas.
O protesto, marcado por slogans e cantos antissemitas, levou a universidade a adotar medidas adicionais de segurança e a convocar um diálogo entre as partes envolvidas.
A decisão de mudar o formato das aulas veio após um aumento significativo nas tensões no campus, exacerbadas pela presença de indivíduos não afiliados à universidade que, segundo Shafik, “exploraram e ampliaram as discordâncias”. A presidente da universidade expressou profundo pesar pela situação e pela deterioração dos laços comunitários, que “serão difíceis e demorarão a ser refeitos”.
Além das alterações no formato das aulas, Shafik condenou o uso de linguagem antissemita e comportamentos intimidadores por parte dos manifestantes. Ela também destacou os conflitos em curso no Oriente Médio como um catalisador de “profundo sofrimento moral” entre os estudantes. Ela reiterou a disposição da universidade em buscar soluções pacíficas.
No contexto das manifestações, que também contaram com a presença da polícia de Nova York, um rabino ortodoxo de Columbia e Barnard College recomendou que os estudantes judeus deixassem o campus “o mais rápido possível” devido a ameaças de segurança.
A universidade, por meio da sua presidente, fez um apelo por respeito mútuo e colaboração para reconstruir a coesão interna, destacando os valores de aprendizado e gentileza como fundamentais.
Violência antissemita na Universidade de Yale
Protestos antissemitas na Universidade de Yale se transformaram em atos de violência e assédio neste fim de semana.
A administração da universidade é criticada por sua passividade enquanto centenas de manifestantes bloqueavam acessos e promoviam agressões, incluindo atacar estudantes judeus e tentar queimar a bandeira americana.
Sahar Tartak, uma estudante judia, foi ferida no olho por um mastro de bandeira e precisou de atendimento hospitalar. O incidente é parte de uma série de confrontos onde manifestantes entoavam cânticos como “a única solução, revolução intifada” e “Do rio ao mar, a Palestina quase livre”.
O tenente Chris Halstead, da polícia de Yale, indicou que a polícia tinha planos de intervir, mas adiou a ação sem maiores explicações. A violência continuou no dia seguinte, com uma marcha até a Yale Divinity School para confrontar autoridades universitárias.
Este não é um incidente isolado, mas reflete uma tendência preocupante de incidentes antissemitas em campus universitários por todo os Estados Unidos.
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