Rabino da Universidade de Columbia pede que judeus deixem o campus Rabino da Universidade de Columbia pede que judeus deixem o campus
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Rabino da Universidade de Columbia pede que judeus deixem o campus

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Alexandre Borges
4 minutos de leitura 22.04.2024 05:44 comentários
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Rabino da Universidade de Columbia pede que judeus deixem o campus

Incidentes de antissemitismo aumentam; lideranças políticas e acadêmicas reagem aos protestos violentos

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Rabino da Universidade de Columbia pede que judeus deixem o campus
Foto: Sarah Huddleston / Columbia Daily Spectator

Na Universidade de Columbia, uma das mais respeitadas do mundo, um cenário de crescente insegurança para estudantes judeus levou o rabino Elie Buechler a pedir que deixem o campus.

A recomendação foi emitida após manifestações antissemitas que incluíam apoio explícito ao terrorismo e ataques verbais diretos a alunos judeus. As declarações ocorreram no contexto de um acampamento que já dura alguns dias.

Os protestos, que superaram a mera crítica à política israelense, incluíram incitações violentas como “Queime Tel Aviv até o chão!” e elogios a atos terroristas, exacerbando o clima de medo e insegurança. Diante desse cenário, o professor Shai Davidai sugeriu que a Guarda Nacional poderia ser necessária para restaurar a ordem.

O rabino, através de uma mensagem no WhatsApp, descreveu a situação como “terrível e trágica”, criticando a incapacidade da universidade e do departamento de polícia de Nova York (NYPD) em garantir a segurança dos estudantes judeus. Ele expressou profunda preocupação com a escalada de retórica e ações, caracterizando o ambiente como extremamente hostil e perigoso.

A situação na Universidade de Columbia atraiu a atenção de figuras políticas como a deputada Elise Stefanik, que acusou a universidade de perder o controle do campus e falhar em proteger seus alunos. Em resposta, a presidente da universidade, Nemat “Minouche” Shafik, permitiu a presença da polícia no campus, mas as tensões continuaram a escalar. Mais de 100 pessoas foram detidas e posteriormente liberadas.

O incidente em Columbia é um reflexo de um problema mais amplo de antissemitismo em ambientes acadêmicos, especialmente nas universidades de elite ocidentais.

Violência antissemita na Universidade de Yale

Protestos antissemitas na Universidade de Yale se transformaram em atos de violência e assédio neste fim de semana.

A administração da universidade é criticada por sua passividade enquanto centenas de manifestantes bloqueavam acessos e promoviam agressões, incluindo atacar estudantes judeus e tentar queimar a bandeira americana.

Sahar Tartak, uma estudante judia, foi ferida no olho por um mastro de bandeira e precisou de atendimento hospitalar. O incidente é parte de uma série de confrontos onde manifestantes entoavam cânticos como “a única solução, revolução intifada” e “Do rio ao mar, a Palestina quase livre”.

O tenente Chris Halstead, da polícia de Yale, indicou que a polícia tinha planos de intervir, mas adiou a ação sem maiores explicações. A violência continuou no dia seguinte, com uma marcha até a Yale Divinity School para confrontar autoridades universitárias.

Este não é um incidente isolado, mas reflete uma tendência preocupante de incidentes antissemitas em campus universitários por todo os Estados Unidos.

Columbia cancela aulas presenciais por ocupação antissemita

Em um comunicado divulgado na madrugada desta segunda-feira, 22, a presidente da Universidade de Columbia, a muçulmana Nemat Shafik, informou que todas as aulas serão realizadas virtualmente devido à ocupação do campus por manifestantes pró-Hamas.

O protesto, marcado por slogans e cantos antissemitas, levou a universidade a adotar medidas adicionais de segurança e a convocar um diálogo entre as partes envolvidas.

A decisão de mudar o formato das aulas veio após um aumento significativo nas tensões no campus, exacerbadas pela presença de indivíduos não afiliados à universidade que, segundo Shafik, “exploraram e ampliaram as discordâncias”. A presidente da universidade expressou profundo pesar pela situação e pela deterioração dos laços comunitários, que “serão difíceis e demorarão a ser refeitos”.

Além das alterações no formato das aulas, Shafik condenou o uso de linguagem antissemita e comportamentos intimidadores por parte dos manifestantes. Ela também destacou os conflitos em curso no Oriente Médio como um catalisador de “profundo sofrimento moral” entre os estudantes. Ela reiterou a disposição da universidade em buscar soluções pacíficas.

No contexto das manifestações, que também contaram com a presença da polícia de Nova York, um rabino ortodoxo de Columbia e Barnard College recomendou que os estudantes judeus deixassem o campus “o mais rápido possível” devido a ameaças de segurança.

A universidade, por meio da sua presidente, fez um apelo por respeito mútuo e colaboração para reconstruir a coesão interna, destacando os valores de aprendizado e gentileza como fundamentais.

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