Uma faculdade para a J&F
Governo Lula autoriza J&F, instituto criado por Joesley Batista, a oferecer cursos universitários de graduação em Gestão Comercial
O Instituto J&F, fundado em 2008 pelo empresário Joesley Batista, acaba de obter autorização do Ministério da Educação para oferecer cursos universitários.
A portaria que permite o funcionamento da instituição foi publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira, 11, após um longo processo desde 2021.
Segundo reportagem da CNN, a instituição de ensino superior, que receberá o nome de Faculdade J&F, iniciará suas atividades com o curso de graduação em Gestão Comercial. Serão disponibilizadas 150 vagas na modalidade a distância. Inicialmente, o público-alvo da faculdade serão os ex-alunos da escola de negócios do grupo J&F, porém a meta é abrir vagas para a população em geral.
De acordo com informações do instituto, está prevista a criação de outros oito cursos no futuro: produção industrial, varejo, finanças, processos gerenciais, tecnologia da informação, análise e desenvolvimento de sistemas, marketing e educação corporativa. Essa expansão trará uma ampla variedade de opções educacionais para os interessados.
Joesley e Wesley estão de volta
A JBS informou à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) a criação de duas novas vagas no conselho de administração da empresa, que serão ocupadas por dois velhos conhecidos do mercado e do Ministério Público: os irmãos Wesley e Joesley Batista.
Afastados do conselho desde maio de 2017, eles renunciaram aos cargos em meio a acusações de que eles teriam utilizado informações privilegiadas sobre as delações premiadas fechadas com o MPF para manipular o mercado com a compra e venda de ações.
Embora tenham sido presos em 2018, os irmãos Batista foram absolvidos pela CVM.
Propina
Em delações apresentadas em 2017, o Joesley elogiado por Lula confessou que os ex-ministros Guido Mantega e Antonio Palocci receberam propina da JBS, assim como Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados.
Os responsáveis pela empresa também assumiram ter se envolvido em ilícitos com governadores e durante as campanhas de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) em 2014.
No ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli suspendeu uma multa bilionária da empresa.
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