“Educação pública foi jogada para escanteio novamente”
Governo Lula preferiu ficar com a Comissão de Saúde, para blindar o Ministério de Nísia Trindade, e entregou a Comissão de Educação para o PL de Nikolas Ferreira
A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP, foto) se notabilizou por constranger publicamente ministros da Educação durante o governo Jair Bolsonaro. Nesta quarta-feira, 6, a pré-candidata à Prefeitura de São Paulo voltou à carga, mas para criticar as negociações que levaram o colega Nikolas Ferreira (PL-MG) à presidência da Comissão de Educação da Câmara.
“Tivemos anos muito pesados e de grande retrocesso para a educação pública brasileira. Enfrentamos uma pandemia, houve aumento da evasão escolar. Temos urgência em resolver os problemas concretos das pessoas e a Comissão da Educação é um espaço essencial para isso. Será muito mais difícil avançarmos com um presidente como Nikolas Ferreira, um político apegado ao extremismo, que nunca debateu educação de forma séria”, disse Tabata.
Segundo ela, “ao negociar a Comissão da Educação do jeito que fizeram, a educação pública foi jogada para escanteio novamente”. “Precisamos de diálogo, furar a bolha da polarização que não resolve problema nenhum. Mesmo com todas essas adversidades seguiremos lutando por mudanças concretas”, concluiu.
Negociações
Nas tratativas com o PL, que detém a maior bancada da Câmara, o governo Lula preferiu ficar com a Comissão de Saúde, para blindar o Ministério de Nísia Trindade, abrindo espaço para os opositores do governo comandarem a Comissão de Educação.
O Centrão está de olho há meses no cargo da ministra da Saúde, por conta dos polpudos recursos do Ministério. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já deixou claras suas pressões, ao cobrar explicações públicas sobre a demorar para a liberação de recursos.
CCJ e Segurança Pública
A oposição ao governo Lula também vai assumir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Câmara, pelas mãos de Carolina de Toni (PL-SC), que assume no lugar de Rui Falcão (PT-SP). O PL também seguirá à frente da Comissão de Segurança Pública, comandada agora por Alberto Fraga (PL-DF).
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