O Coordenador de Atividades Governamentais nos Territórios de Israel (COGAT) rebateu o chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, depois de ele alegar desconhecer a existência de um datacenter do Hamas sob a sede do órgão da ONU em Gaza.

“Ah, você sabia”, escreveu o COGAT no X, em resposta a uma publicação de Lazzarini negando qualquer conhecimento do túnel. 

O chefe da UNRWA, como mostramos, afirmou que Israel “não informou oficialmente a UNRWA” sobre as descobertas, e disse que os funcionários da ONU deixaram a sede em Gaza dias depois do Massacre de 7 de outubro.

“Cavar um túnel leva mais de 4 meses. Convidamos altos funcionários da ONU para ver, e durante reuniões anteriores com você e outros funcionários da ONU, declaramos o uso da sede da UNRWA pelo Hamas”, acrescentou o COGAT, órgão do Ministério da Defesa de Israel que supervisiona as atividades civis nos territórios palestinos.

“Você optou por ignorar os fatos para depois tentar negá-los”, acrescentou o órgão.

O porta-voz do governo de Israel, Eylon Levy, também se manifestou sobre o datacenter do Hamas em túnel debaixo da sede da agência da ONU em Gaza: 

“Eles sabiam, não descobriram pela imprensa. As autoridades israelenses convidaram a liderança da UNRWA para visitar a torre de servidores do Hamas sob a sede da UNRWA na Cidade de Gaza. Lazzarini ignorou o convite.”

O Hamas escondia um datacenter completo sob a sede da URNWA, com salas elétricas, bancos de energia de baterias industriais e alojamentos para os terroristas que operam os servidores de computador. 

Segundo as Forças de Defesa de Israel, os cabos elétricos iam diretamente do prédio da ONU para o túnel e forneciam energia para a infraestrutura subterrânea do Hamas.

A recente descoberta do datacenter do Hamas ocorre em meio a acusações de ligação da UNRWA com o grupo terrorista e do envolvimento de funcionários do órgão da ONU nos ataques de 7 de outubro.

Lula promete aumentar doações à UNRWA

Lula afirmou que o Brasil vai aumentar a doação de recursos públicos à Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA).

O movimento é o oposto ao dos Estados Unidos, Reino Unido, Japão e mais de uma dezena de outros países, que suspenderam o financiamento ao principal órgão da ONU na Faixa de Gaza após o escândalo do envolvimento direto de funcionários da agência com os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro.

Durante visita à Embaixada da Palestina em Brasília, na noite de quinta-feira, 8, Lula criticou a decisão de mais de 16 países de cortar o financiamento da UNRWA.

“O Brasil exorta a comunidade internacional a manter e reforçar suas contribuições para o bom funcionamento das suas atividades. Meu governo fará aporte adicional de recursos para a agência”, disse o petista, de acordo com discurso divulgado na sexta pelo Palácio do Planalto.