Funcionários de boate são ouvidos no julgamento de Daniel Alves
De acordo com depoimento do gerente da boate, Daniel Alves parecia estar embriagado ou sob efeito de outra substância
No segundo dia do julgamento de Daniel Alves, funcionários da boate Sutton, em Barcelona, são ouvidos como testemunhas. O jogador é acusado de estuprar uma jovem na casa noturna em 30 de dezembro de 2022.
De acordo com informações do jornal espanhol La Vanguardia, um dos funcionários afirmou em depoimento que Daniel Alves não estava agindo normalmente naquela noite e que foi difícil convencer a vítima a denunciar o suposto abuso e ativar o protocolo de agressão.
Ainda durante o julgamento, está previsto que a esposa do lateral, Joana Sanz, seja ouvida em juízo.
O que diz o gerente da boate?
Segundo o gerente da boate Sutton, Daniel Alves não estava em seu estado normal naquela noite. O depoente afirmou que o jogador aparentava ter consumido álcool ou algum outro tipo de substância. A defesa buscará convencer os magistrados de que Alves estava sob efeito do álcool e, portanto, não tinha controle sobre seus atos.
Desde a acusação e prisão em janeiro de 2023, Daniel Alves nega as acusações. Ele já mudou sua versão dos fatos cinco vezes e, por fim, afirmou que a relação sexual foi consensual e que estava embriagado.
A vítima estava com medo de não acreditarem nela
Segundo relatos do diretor da boate Sutton, a vítima estava abalada emocionalmente e foi difícil convencê-la a denunciar o jogador e acionar o protocolo de agressão sexual.
De acordo com o depoimento do diretor, ela alegou que não seria acreditada e que havia entrado voluntariamente no banheiro, mas depois não conseguiu sair.
Conforme o protocolo espanhol para estabelecimentos, uma vítima de agressão sexual deve ser imediatamente acolhida após a denúncia, isolada, receber atendimento médico e realizar exames. O agressor pode ser preso em flagrante.
Testemunhas dizem que foram assediadas por Daniel Alves
Duas mulheres que testemunharam durante o julgamento do ex-jogador, nesta segunda-feira, 5, afirmaram que foram apalpadas por Daniel Alves, antes do estupro de que ele é acusado, em uma boate em Barcelona, em 2022.
Uma amiga e uma prima da vítima de estupro que apresentou as acusações contra Daniel Alves à Justiça estavam presentes na boate naquela noite e relataram ao tribunal que o jogador as convidou para a área VIP, onde ele se encontrava com um amigo.
Em depoimentos, as testemunhas afirmaram que Daniel Alves as apalpou e flertou com a autora da denúncia antes de descreverem o que teria ocorrido após o suposto estupro.
Depoimento da prima da vítima
A prima da mulher afirmou que a vítima não havia sequer beijado Daniel Alves antes de deixar a área pública da boate e que não tinha conhecimento de que estavam se dirigindo ao banheiro onde teria ocorrido o estupro quando, ele insistiu que fossem para outro local.
Após aproximadamente 15 minutos, Daniel Alves saiu do banheiro e, alguns minutos depois, a mulher o seguiu, aparentando estar devastada, segundo relatou a prima.
Ela disse que precisava ir embora e, enquanto pegavam seus casacos, a prima foi informada pela mulher que o ex-jogador a havia machucado muito.
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