Secretário de Haddad acredita em “déficit zero” em 2024
A declaração foi dada nesta segunda-feira (29), em entrevista coletiva, em Brasília, para detalhar o rombo nas contas de 2023
Apesar do rombo histórico em 2023, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, acredita que a meta de zerar o déficit nas contas públicas neste ano será alcaçanda.
“Hoje, a informação mais atualizada da nossa previsão para o mês de janeiro é que estamos performando bem, até acima do que estava previsto. Então, nós estamos com um bom desempenho. No momento, as notícias são animadoras em relação ao exercício de 2024”, comentou.
A declaração foi dada nesta segunda-feira (29), em entrevista coletiva, em Brasília, para detalhar o rombo nas contas de 2023.
Segundo Ceron, “no momento”, as notícias são animadoras em relação ao exercício de 2024.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende um déficit zero, ou seja, o equilíbrio das contas públicas.
Ceron explicou que, a partir de fevereiro, quando estarão disponíveis os resultados das contas públicas do começo do ano, será possível fazer projeções.
“A partir de fevereiro, quando a gente começar a apresentar aqui os números, vão começar a ficar mais claros esses movimentos e a gente vai poder comparar. Então, no momento, está seguindo conforme o planejamento”, frisou.
Déficit histórico
O déficit fiscal públicas em 2023 foi o segundo pior resultado da série histórica, iniciada em 1997. O saldo negativo só não foi menor que em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19.
O déficit do governo central, que reúne o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, bateu a casa dos R$ 230,5 bilhões em 2023.
A informação foi divulgada na manhã desta segunda pelo Ministério da Fazenda.
As contas do governo federal voltaram a ficar no negativo depois de registrar superávit de R$ 51,6 bilhões em 2022, corrigida a inflação.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias autoriza um rombo de até R$ 213,6 bilhões em 2023. O resultado, portanto, está dentro da meta.
De 2022 a 2023, as contas públicas pioraram em R$ 282,5 bilhões em termos reais, corrigidos pela inflação.
O saldo final do ano passado é o segundo pior da série histórica iniciada em 1997, O dado de 2023 é melhor apenas que o registrado em 2020, quando o governo teve rombo de R$ 940 bilhões por conta da pandemia.
O déficit, segundo o Ministério da Fazenda, foi impactado pela liberação em dezembro de R$ 92 bilhões em precatórios, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
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