O estado do Rio Grande do Sul contabiliza 6,9 mil residências sem luz nesta terça-feira, 23, uma semana depois de uma tempestade ter derrubado o fornecimento de energia elétrica. As duas concessionárias responsáveis pelo abastecimento, a RGE e a CEEE-Equatorial, apontam que as residências estariam na capital, Porto Alegre, e na região metropolitana.

A CEEE disse ter retomado a energia para 99,7% das residências atendidas pela companhia até a manhã desta terça-feira. Seriam 1,4 mil residências que ainda estariam sem luz elétrica.

Ontem, o presidente da empresa, Riberto Bananeira, estimou que nesta terça-feira o serviço seria concluído — ele já havia postergando em diversos momentos a data de conclusão do serviço essencial, e disse que ele seria concluído na última sexta-feira, 19.

Agora a maior parte dos moradores sem energia elétrica estaria em áreas comandadas pela RGE, concessionária sob o comando da sino-brasileira CPFL. Apesar de a Justiça ter ordenado o retorno da distribuição — e o Ministério Público ter entrado com uma ação contra a empresa em nome de sete cidades — ainda são mais de cinco mil residências sem luz sob o comando da empresa.

A falta de luz por períodos prolongados no estado começou com uma forte tempestade na terça-feira passada, dia 16, seguida de ventos com mais de 90 km/h que derrubaram árvores e o sistema de distribuição do estado. Muitos moradores precisaram sair de casa para atividades simples como tomar banho e carregar celulares.

Nos primeiros dias, quando grande parte da capital, Porto Alegre, ficou sem luz, mesmo o sistema de distribuição de água ficou sem energia para bombeamento, deixando a cidade também sem água. Coube ao prefeito da capital, Sebastião Melo (MDB), pedir motosserras emprestadas aos moradores da cidade, para acelerar as obras de religação da energia.

“São centenas de árvores de pequeno e grande porte que precisam ser retiradas e limpas”, disse o emedebista, referindo-se às quedas causadas pela tempestade registrada nesta terça-feira, 16.

Leia mais aqui; assine Crusoé e apoie o jornalismo independente.