A sucessão no Ministério da Justiça e os sinais de Lewandowski
O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski tem dado sinais a pessoas próximas de que não pretende sair tão cedo da iniciativa privada. Em conversas reservadas,...
O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski tem dado sinais a pessoas próximas de que não pretende sair tão cedo da iniciativa privada. Em conversas reservadas, Lewandowski afirma que nem mesmo se Lula implorar ele toparia ir para o Ministério da Justiça.
Fora do STF desde abril deste ano, Lewandowski virou parecerista de grandes empresas – algumas delas arroladas em esquemas de corrupção como a J&F de Joesley Batista. Ele também é presidente de uma comissão de assuntos jurídicos de alto nível da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Nas conversas, conforme apurou O Antagonista, Lewandowski tem dito basicamente o seguinte: ele não gostaria de entrar no fogo cruzado político. Além de ganhar menos como integrante da Esplanada dos Ministérios, o ex-ministro do STF seria alvo principalmente de deputados e senadores bolsonaristas. Um desgaste que ele, Lewandowski, não gostaria de ter.
Assim, um nome ganha força para assumir o lugar de Flávio Dino – cuja indicação foi aprovada na quarta-feira última pelo Senado: o secretário especial para assuntos jurídicos da Presidência da República, Wellington César Lima e Silva. O nome é endossado por Dino.
O PT ainda não desistiu. A sigla intensificou a pressão pela nomeação do coordenador do Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho. Ontem, a bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo elaborou uma nota em apoio do advogado anti-lavajatista.
Para o PT, Marco Aurélio deveria ser indicado “por sua impecável formação jurídica, compromisso irrestrito com o Estado Democrático de Direito e árdua defesa das pautas sociais e dos direitos humanos”.
“Outra significativa marca de Marco Aurélio é sua capacidade de articulação em prol das questões de relevância nacional e de diálogo com diversos atores políticos, no aperfeiçoamento da democracia brasileira”, informa o partido.
A escolha do novo ministro da Justiça, porém, ficará para janeiro. Dino tomará posse apenas em 22 de fevereiro e ele pediu a Lula para acompanhar a transição com o seu sucessor.
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