O recado de Daniela do Waguinho ao governo Lula
A deputada federal e ex-ministra do Turismo Daniela do Waguinho foi ao X – antigo Twitter – criticar indiretamente a cúpula do União Brasil...
A deputada federal e ex-ministra do Turismo Daniela do Waguinho foi ao X – antigo Twitter – criticar indiretamente a cúpula do União Brasil.
Rifada da pasta em julho durante um rearranjo da base governista, a parlamentar cutucou os integrantes da sigla por terem votado contra os vetos do presidente Lula à lei que instituía o marco temporal e a que concedia a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia.
Os dois vetos foram derrubados em sessão do Congresso Nacional da quinta-feira, 14.
“Quando ministra, eu era a desculpa para o União Brasil não votar com o governo. Agora, a culpa é de quem?”, disse Daniela do Waguinho.
A derrubada dos dois vetos representou uma derrota do governo Lula no Congresso. Nos dois casos, houve ajuda de integrantes da base. A desoneração da folha foi derrubada com o apoio de 60 senadores e 378 deputados.
No caso do marco temporal das terras indígenas, até mesmo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, votou a favor da derrubada do veto presidencial.
Segundo levantamento feito por O Globo, “os partidos de Centrão e do centro com cargos na Esplanada dos Ministérios deram apenas 24 votos para o governo”. A conta leva em consideração partidos como Republicanos, PSD, PP, MDB e União Brasil de Daniela do Waguinho.
Como mostramos, diante da derrota no Congresso, a Advocacia-Geral da União e a Executiva Nacional do PT devem impetrar, até segunda-feira, com duas ações diretas de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar barrar o projeto de lei que determinou a desoneração da folha de pagamento em 17 setores da economia e a proposta que regulamentou o marco temporal das terras indígenas.
Os dois assuntos foram temas de sessão do Congresso desta quinta-feira, 14. Lula vetou as duas propostas. Ambas foram aprovadas por deputados e senadores. O Congresso, então, derrubou os vetos presidenciais e elas voltaram a valer após dois meses suspensas.
Na noite desta quinta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia sinalizado que essa seria a postura do governo federal.
“Não existe da nossa parte nenhum ânimo de antagonizar. Nós queremos uma solução. Então nós vamos buscar o auxílio do Judiciário neste caso, mas também vamos apresentar ao Congresso […] uma alternativa ao que foi aprovado”, disse o ministro.
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