Dino alega “grave ameaça à integridade física” para faltar à audiência na Câmara
O ministro da Justiça faltou nesta terça-feira, 24, pela segunda vez seguida à convocação da Comissão de Segurança da Câmara...
O ministro da Justiça, Flávio Dino, enviou um ofício ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), onde afirmou que comparecer a audiência da Comissão de Segurança Pública poderia configurar “grave ameaça” a sua integridade física. O chefe da pasta faltou nesta terça-feira, 24, pela segunda vez seguida à convocação do colegiado.
Dino era esperado na comissão para falar sobre diversos temas do ministério, listados em 20 requerimentos de convite e convocação. No documento enviado ao presidente da Câmara, o ministro apresentou diversas frases de parlamentares membros da comissão de Segurança.
“A partir dessas frases dos citados parlamentares, membros da Comissão autora da convocação, é verossímil pensar que eles andam armados, o que se configura uma grave ameaça à minha integridade física, se eu comparecesse à audiência”, afirmou.
As frases apresentadas no documento são do presidente do colegiado, deputado Sanderson (PL – RS), e dos deputados Gilvan da Federal (PL-ES), Sargento Fahur (PSD-PR), Evair Vieira de Melo (PP-ES) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB).
Dino disse ainda que os “os parlamentares não se submetem aos detectores de metais, o que reforça a percepção de risco, inclusive em razão dos reiterados desatinos por parte de alguns”.
No último dia 10, o ministro já havia sugerido a realização de uma comissão-geral no Plenário para que ele atenda a todos os pedidos de convocação de uma só vez.
“Coloco-me à disposição para comparecer a Comissão-Geral no Plenário para que, simultaneamente, eu possa atender a todos os pedidos de esclarecimento com a devida segurança”, escreveu,
No ofício, Dino também criticou a atuação do presidente da comissão, deputado Sanderson (PL-RS), e disse que o parlamentar não tinha capacidade de conduzir a ordem dos trabalhos.
“A falta de capacidade e isenção do Presidente da CSPCCO de conduzir os trabalhos da audiência pública, tendo vista os ataques pessoais proferidos contra este signatário, no último dia 10 de outubro”, escreveu.
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