Santa Sé condena violência contra Trump: “Democracia ferida”
Vaticano expressa preocupação com o atentado contra o ex-presidente dos EUA e reza pela paz no país
A Santa Sé se manifestou neste domingo, 14, sobre o atentado contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O Vaticano classificou o episódio como um ataque à democracia e expressou solidariedade às vítimas e suas famílias.
A declaração oficial, emitida pela sala de imprensa da Santa Sé, destacou a gravidade do incidente e a necessidade de união e paz:
“A Santa Sé expressa preocupação pelo episódio de violência de ontem à noite, que fere as pessoas e a democracia, provocando sofrimento e morte. Une-se à oração dos Bispos americanos pelos Estados Unidos, pelas vítimas e pela paz no país, para que jamais prevaleçam as razões dos violentos.”
A Conferência Episcopal dos EUA também se pronunciou, condenando a violência política e oferecendo orações pelo ex-presidente e pelas vítimas. “Condenamos a violência política e oferecemos nossas orações pelo Presidente Trump e por aqueles que foram mortos ou feridos. Também rezamos por nosso país e pelo fim da violência, que nunca é uma solução para divergências políticas,” afirmou o Arcebispo Timothy P. Broglio, presidente da Conferência dos Bispos dos EUA.
Nos últimos anos, os ataques contra figuras políticas e líderes religiosos têm aumentado significativamente. Em dezembro de 2023, o regime de Daniel Ortega intensificou a perseguição à Igreja Católica na Nicarágua, prendendo 19 padres em poucos dias. A Nigéria também figura entre os países com altos índices de violência contra clérigos, com três padres mortos em 2023.
O atentado que marcou o pontificado de João Paulo II
O atentado contra o Papa João Paulo II, ocorrido em 13 de maio de 1981 na Praça de São Pedro, no Vaticano, é um dos eventos mais marcantes do final do século XX. O ataque, perpetrado pelo terrorista turco Mehmet Ali Ağca, não só colocou a vida do pontífice em risco, como também teve profundos impactos na política global e na Igreja Católica.
João Paulo II estava em seu “papamóvel” aberto, saudando e abençoando os fiéis, quando Mehmet Ali Ağca disparou quatro tiros, atingindo o Papa duas vezes: no abdômen e na mão esquerda. O ataque ocorreu em plena luz do dia, deixando a multidão em choque.
O Papa perdeu muito sangue e desmaiou a caminho do hospital, onde foi submetido a uma cirurgia de emergência de cinco horas no Hospital Gemelli, em Roma. Duas mulheres na multidão também foram feridas. Ağca foi imediatamente detido e preso.
Durante sua recuperação, João Paulo II demonstrou uma atitude de perdão. Apenas quatro dias após o ataque, ele pediu que as pessoas orassem pelo “irmão” que o atacou. Em 27 de dezembro de 1983, visitou Ağca na prisão e o perdoou pessoalmente. O Papa atribuiu sua sobrevivência à intervenção de Nossa Senhora de Fátima, já que o atentado ocorreu no dia da festa dessa aparição mariana.
Inicialmente, Ağca afirmou ter agido sozinho, mas depois mencionou a antiga KGB soviética. Em 2013, Ağca mudou novamente sua versão, alegando que o governo iraniano e o Aiatolá Khomeini teriam ordenado o atentado.
O atentado teve um impacto profundo na Igreja Católica e no mundo. Aumentou a popularidade e a influência global de João Paulo II, levando a um aumento nas medidas de segurança no Vaticano, incluindo a introdução do “papamóvel” blindado. Fortaleceu ainda mais a devoção do Papa a Nossa Senhora de Fátima. O perdão demonstrado por João Paulo II tornou-se um poderoso exemplo de misericórdia cristã.
Este evento trágico acabou se tornando um capítulo marcante na vida de João Paulo II, reforçando sua imagem como um líder espiritual resiliente e compassivo. Sua capacidade de perdoar e seguir adiante inspirou milhões de pessoas ao redor do mundo, deixando um legado duradouro de paz e reconciliação.
As falhas gritantes do serviço secreto americano (oantagonista.com.br)
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