O Ministério Público do Rio informou que vai apurar os relatos de abuso policial na operação desta quinta-feira, 5, na favela do Jacarezinho, zona norte da capital fluminense, que deixou 25 mortos, registra o Estadão.

Cabe ao MP a função de monitorar a atividade policial —no caso de hoje, a da Polícia Civil. Com um policial e 24 civis mortos, a incursão foi a de maior letalidade da história do estado.

“O MP-RJ (…) vem adotando todas as medidas para a verificação dos fundamentos e circunstâncias que envolvem a operação e mortes decorrentes da intervenção policial, de modo a permitir a abertura de investigação independente para apuração dos fatos, com a adoção das medidas de responsabilização aplicáveis”, disse o órgão em comunicado.

A nota também diz que a Promotoria foi avisada às 9h —quase três horas depois do início da operação—, com as devidas explicações. Decisão de Edson Fachin proibiu esse tipo de incursão durante a pandemia da Covid, excetuando casos excepcionais.

A Polícia Civil do Rio, por sua vez, diz que seguiu os protocolos do STF na operação, mas não a comemora em razão do número de mortes.

Segundo os policiais, a ação tinha como alvo uma organização criminosa que atua no Jacarezinho e que seria responsável por homicídios, roubos, sequestros de trens da SuperVia e o aliciamento de crianças para o tráfico local.