Governador promete punição severa a policiais que vazaram informações
A Operação Ordo, focada em restabelecer a ordem em comunidades da zona oeste do Rio de Janeiro, entrou em seu segundo dia
A Operação Ordo, focada em restabelecer a ordem em comunidades da zona oeste do Rio de Janeiro, entrou em seu segundo dia nesta terça-feira, 16.
A ação, que visa combater a disputa territorial entre milicianos e o Comando Vermelho, envolve a participação de policiais militares, civis, concessionárias de serviços públicos, além de órgãos estaduais e municipais.
Sem data para terminar, a operação se concentra em áreas como Cidade de Deus, Gardênia Azul, Rio das Pedras e outras comunidades de Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Recreio, Itanhangá, Vargem Grande e Vargem Pequena.
O governador Cláudio Castro destacou que a ação não registrou confrontos até o momento, mas revelou estar profundamente irritado com o vazamento de informações por parte de policiais. “São servidores que deveriam estar do lado da lei e que estão desvirtuados. Que já fiquem cientes que vamos achar e punir severamente aquele que deveria estar do nosso lado”, afirmou o governador fluminense em entrevista no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).
Até agora, a Operação Ordo resultou na prisão de 28 pessoas, incluindo 23 em flagrante, além da apreensão de quatro adolescentes e 130 quilos de drogas. Barricadas foram removidas de ruas em várias comunidades, e estabelecimentos ilegais, como um açougue e uma marmoraria, foram interditados. Uma fábrica de gelo clandestina também foi autuada.
Todo o material apreendido e os presos estão sendo encaminhados para a 16ª DP (Barra da Tijuca), que concentra as ocorrências da operação.
Durante a coletiva de imprensa, o governador associou o avanço do tráfico em áreas dominadas pela milícia ao programa Cidade Integrada. Segundo Castro, as ações da Polícia Civil e o enfraquecimento das milícias abriram espaço para o aumento da atividade do Comando Vermelho.
“Essa guerra acabou sendo um fruto do excelente trabalho que a Polícia Civil fez ali. Porque todos diziam que o maior problema do Rio eram as milícias, daí a Polícia Civil faz uma força tarefa, junto com o Cidade Integrada, enfraquece tanto a milícia que o tráfico se arvora”.
Castro reafirmou o compromisso de continuar a operação até que a segurança seja restabelecida na região. Ele mencionou a colaboração contínua com o Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o cumprimento das obrigações legais e destacou que a criminalidade é móvel, exigindo que as forças de segurança se adaptem constantemente. “Estamos caçando o crime organizado e iremos para eles onde forem, bairro, comunidade ou cidade. Serão caçados”, afirmou o governador.
Traficantes usam drones para bombardear rivais (oantagonista.com.br)
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