Os bispos brasileiros se reunirão a partir de amanhã, em Aparecida (SP), para mais uma Assembleia Geral da CNBB — a reunião anual do episcopado.

Entre os assuntos sobre os quais se exige um posicionamento da cúpula da Igreja, estão a instrumentalização política da Conferência (escancarada em recente encontro das chamadas Comunidades Eclesiais de Base em Londrina e na presença de um bispo emérito na presepada de Lula no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC) e a falta de transparência dos recursos doados pelos fiéis (que tem como exemplo o escândalo de roubo de ofertas que levou para a cadeia o bispo de Formosa, em Goiás).

Dom Sérgio da Rocha, presidente da CNBB, em atitude pouco comum, decidiu reservar um momento no encontro para que os bispos conheçam algumas das denúncias que vieram à tona nos últimos meses, como a de que a entidade teria financiado uma ONG abortista, segundo revelou nas redes sociais Bernardo Pires Küster, um leigo de Londrina.

Como O Antagonista disse ontem, os arcebispos de São Paulo e do Rio de Janeiro, cardeais dom Odilo Scherer e dom Orani Tempesta, estão dispostos a enfrentar o discurso cego e ideológico dos ditos progressistas, que são — de longe — maioria na CNBB.

Por mais que ainda esteja evidente como o petismo e a Teologia da Libertação contaminaram a Igreja, uma fonte da CNBB disse a este site que “a hegemonia do pensamento esquerdista e o controle da narrativa por parte deles têm, de certa forma, perdido força, com o surgimento de vozes destoantes”.

Dom Leonardo Ulrich Steiner, secretário-geral da CNBB e o principal nome da esquerda entre os bispos, se recupera de um infarto e, portanto, não participará da Assembleia Geral.