Corporações abandonam índice LGBTQ+ após aversão do público ao radicalismo woke Corporações abandonam índice LGBTQ+ após aversão do público ao radicalismo woke
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Corporações abandonam índice LGBTQ+ após aversão do público ao radicalismo woke

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Alexandre Borges
3 minutos de leitura 18.09.2024 05:42 comentários
Sociedade

Corporações abandonam índice LGBTQ+ após aversão do público ao radicalismo woke

Ford, Harley-Davidson e Lowe’s estão entre as empresas que decidiram deixar de participar de relatório corporativo que promove a agenda LGBTQ+

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Alexandre Borges
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Corporações abandonam índice LGBTQ+ após aversão do público ao radicalismo woke
Imagem: IA por Alexandre Borges

Nos últimos meses, várias empresas anunciaram a saída do Corporate Equality Index (CEI), um ranking que avalia políticas corporativas voltadas ao ativismo LGBTQ+. A decisão foi motivada pela crescente resistência ao radicalismo ideológico “woke”, que envolve a imposição de agendas identitárias extremistas nas políticas internas das corporações.

Criado pela Human Rights Campaign há mais de duas décadas, o CEI visava inicialmente combater a discriminação contra funcionários gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros. Com o tempo, o índice ampliou suas exigências para incluir direitos a casais do mesmo sexo e políticas de transição de gênero. Em 2022, 545 empresas receberam a pontuação máxima no CEI.

Empresas como Ford, Harley-Davidson e Lowe’s anunciaram que deixariam de seguir o índice. Jim Farley, CEO da Ford, explicou que a empresa parou de participar de pesquisas culturais externas devido às diferentes crenças de seus funcionários e ao ambiente jurídico em evolução. A Harley-Davidson e Lowe’s tomaram medidas semelhantes, alegando que suas políticas não incluem metas de diversidade ou cotas.

A crítica não é contra a diversidade, como alegam alguns ativistas, mas contra uma imposição de pautas radicais que, para muitos, vão além da simples inclusão e igualdade de oportunidades. Críticos argumentam que as empresas deveriam manter políticas de não discriminação, sem transformar questões de identidade em fatores decisivos na contratação ou promoção de funcionários. “Não acreditamos que as pessoas devam ser tratadas como grupos ou que erros do passado sejam corrigidos à custa de outros”, declarou Dan Lennington, advogado do Wisconsin Institute for Law & Liberty.

Os defensores do radicalismo woke lamentam a decisão, afirmando que isso reverte anos de “progresso”. No entanto, as empresas que deixaram o CEI afirmam estar alinhando suas políticas aos valores e crenças de uma clientela mais ampla e diversa, sem abandonar o princípio da inclusão.

Críticas ao capitalismo woke

O chamado “capitalismo woke” enfrenta crescente oposição de diferentes setores da sociedade. Uma das principais críticas é que muitas empresas adotam causas sociais como ferramenta de marketing, sem promover mudanças internas reais. Isso resulta em uma abordagem superficial e, por vezes, hipócrita, na qual a inclusão é defendida na propaganda, mas pouco aplicada no dia a dia corporativo.

Outro ponto de crítica é que esse movimento, ao adotar posições radicais, pode acabar alimentando a polarização e a intolerância. Ao invés de promover o diálogo e a inclusão genuína, muitas vezes essas iniciativas acabam afastando aqueles que possuem visões mais tradicionais, criando um ambiente de exclusão.

Por fim, há também o argumento de que empresas que adotam essas posturas de forma radical podem sofrer consequências econômicas. Casos de boicotes a marcas que abraçaram excessivamente a agenda woke reforçam o ditado “Get woke, go broke”, destacando os riscos comerciais de se posicionar politicamente de maneira extrema.

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