BBC admite erro sobre “homens que amamentam”
A tradicional rede britânica reconheceu que sua reportagem sobre "leite trans", transmitida pelo programa The Context, continha informações enganosas e imprecisas
A tradicional rede britânica reconheceu que sua reportagem sobre “leite trans”, transmitida pelo programa The Context, continha informações enganosas e imprecisas.
A revelação veio após uma revisão do Departamento de Reclamações Executivas (ECU) da emissora, que concluiu que o público foi induzido a erro. A reportagem afirmava que o leite produzido por mulheres transgênero era equivalente ao leite materno, citando uma carta da diretora médica dos Hospitais Universitários de Sussex, Rachael James. No entanto, a ECU descobriu que a evidência para essa alegação era baseada principalmente em estudos sobre lactação induzida em mulheres, não em homens trans.
Em fevereiro, a BBC reportou que “o leite das ‘mulheres transgênero’ é tão bom para os bebês quanto o leite materno”, citando a diretora médica dos Hospitais Universitários de Sussex. A ECU, no entanto, descobriu que essa afirmação estava incorreta, pois os estudos citados na carta de James eram, em sua maioria, sobre lactação induzida em mulheres, e não em homens.
Além disso, a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), usada para respaldar a equivalência do “leite trans”, não menciona “mulheres trans” e se refere apenas ao leite materno produzido por mulheres biológicas. A BBC admitiu que isso deu ao público uma impressão falsa sobre a validade das alegações.
A especialista em amamentação, Kate Luxion, que participou da reportagem, afirmou falsamente que o “leite trans” era “igualmente benéfico, e até mesmo de melhor qualidade” do que o leite materno. A ECU concluiu que essas observações estavam erradas e que mais pesquisas são necessárias antes que tais alegações possam ser feitas com precisão.
Milli Hill, autora que inicialmente trouxe a público as inconsistências na reportagem, expressou sua satisfação com a retificação, mas ressaltou a necessidade de responsabilização dos envolvidos, incluindo a Dra. Rachael James e o CEO dos Hospitais Universitários de Sussex, Dr. George Findlay. Hill enfatizou que a prática de indução de lactação em homens trans é experimental e falta evidências sólidas para ser considerada segura e eficaz.
Associação brasileira de mulheres já havia alertado sobre “homens que amamentam”
O documento “FALSAS AFIRMAÇÕES SOBRE ‘ALEITAMENTO’ POR PESSOAS DO SEXO MASCULINO: A SEGURANÇA DO BEBÊ EM FOCO”, publicado pela Associação Mátria, corrobora a posição de Hill. O texto destaca que não há estudos robustos sobre a qualidade do líquido produzido por mamas masculinas induzidas por hormônios e que a prática não oferece os mesmos benefícios do leite materno para os bebês, incluindo a ausência de colostro e de importantes componentes imunológicos.
A associação argumenta que a prática de mimetização da amamentação por pessoas do sexo masculino é uma tentativa de validar militância radical woke à custa da saúde e do bem-estar dos bebês, classificando-a como antiética e cientificamente infundada.
A retificação da BBC e a análise crítica da Associação Mátria sublinham a importância de uma abordagem científica rigorosa e ética quando se trata da saúde infantil e da nutrição. A discussão sobre o “leite trans” ressalta a necessidade de proteger os direitos e a segurança dos bebês acima de qualquer consideração ideológica ou de afirmação de identidade.
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