Oruam ameaça vereadora Amanda Vetorazzo. Cadê es feministes?
A esquerda brasileira, tão presa na própria dissonância cognitiva, já não percebe que está defendendo o indefensável
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O silêncio diante da ameaça de estupro contra a vereadora Amanda Vetorazzo é ensurdecedor. O mesmo grupo, que de manhã, de tarde e de noite repete o discurso da “cultura do estupro”, agora some quando a vítima não pertence ao espectro político “certo”. A omissão não apenas expõe a hipocrisia, mas deixa claro que, para essa militância, nunca se tratou realmente de proteger mulheres, e sim de usar pautas seletivamente para atacar adversários.
Imagine se Amanda Vetorazzo fosse uma vereadora de esquerda. O que aconteceria? A resposta é óbvia. Há poucos dias, Érika Hilton fez um vídeo rebatendo uma fala de Nicolas Ferreira sobre o Pix e recebeu ameaças em mensagens privadas. A imprensa inteira noticiou. Influenciadores e políticos progressistes se manifestaram em coro contra a violência política de gênero. A extrema direita foi culpada, o debate sobre misoginia foi reacendido e se exigiram medidas contra esse tipo de ataque.
No caso de Amanda, quem a ameaça não é um anônimo, é Oruam, filho do traficante Marcinho VP, preso desde 1996. Até aí, ser filho de criminoso não é o problema. A questão é que Oruam idolatra esse pai e suas práticas. Canta músicas que exaltam a bandidagem. Além disso, exibe no corpo as tatuagens do rosto do próprio pai e de outro bandido, Elias Maluco, a quem se refere como tio. Você sabe quem ele é?
É o assassino do jornalista Tim Lopes, assassinado quando investigava para a Globo a exploração sexual infantil de crianças em bailes funk. Elias Maluco que queimou os olhos do jornalista e, ainda vivo, usou uma espada samurai para decepar primeiro suas mãos, depois os braços e as pernas. Ele foi então colocado no que os bandidos chamam de “microondas”, dentro de pneus onde jogaram diesel e atearam fogo. Era uma prática comum do grupo. Esse é o homem que Oruam homenageia em sua pele.
Agora, esse mesmo Oruam usou suas redes sociais para incitar seguidores contra Amanda Vetorazzo, fazendo um story que explicitamente convoca seus fãs a estuprar a vereadora. E o que faz a esquerda feminista? Silêncio absoluto.
É impossível não imaginar o que aconteceria se os papéis estivessem invertidos. Se um artista ligado à direita tivesse feito algo semelhante, haveria vídeo de famosos em protesto, reportagem especial no Fantástico, entrevistas emocionadas e discursos inflamados sobre como a violência contra a mulher é inaceitável. Mas quando a ameaça vem de alguém ligado ao crime, e a vítima é de direita, a resposta é omissão.
A explicação para essa seletividade é simples. Oruam faz parte da narrativa romantizada que a esquerda criou sobre o crime. O discurso progressista enxerga traficantes como vítimas sociais e os trata com simpatia, seriam os rivais dos milicianos. Como resultado, Oruam tem espaço garantido na mídia, circula tranquilamente entre artistas e influenciadores, já deu entrevista até para Preta Gil.
E qual foi o “crime” de Amanda Vetorazzo para merecer esse ataque? Propor uma lei que impede que shows que fazem apologia ao crime sejam pagos com dinheiro público. Apenas isso. A vereadora não quer censurar ninguém. Se artistas querem enaltecer a bandidagem em suas músicas, que façam por conta própria ou do público bandidólatra. O que ela propõe é simples: que o pagador de impostos não financie esse tipo de evento.
O mais assustador é que a resposta veio na forma de uma ameaça brutal e covarde, o uso do estupro como arma política para silenciar uma mulher. Isso, mais do que qualquer discurso feminista artificial, escancara o que realmente significa a cultura do estupro. E aqueles que dizem combatê-la permanecem calados.
O silêncio da esquerda feminista neste caso é mais do que vergonhoso, é um aval. Se a militância só defende certas mulheres e ignora as que não se encaixam na narrativa, então sua luta nunca foi por mulheres. Foi apenas por poder.
Se artistas e influenciadores abrem espaço para Oruam, é preciso questioná-los: vocês são a favor do uso do estupro como ferramenta de silenciamento político? Porque é isso que está em jogo. A esquerda brasileira, tão presa na própria dissonância cognitiva, já não percebe que está defendendo o indefensável.
Faço uma aposta. A lei proposta por Amanda Vetorazzo vai cair no gosto do público e virar febre no Brasil. Vivemos num país que precisa de lei para garantir que o dinheiro público não financie shows exaltando o crime. É preciso uma reforma moral.
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Comentários (7)
Fabio B
30.01.2025 14:48E não só demonstração direta de poder ao dominar nacos do nosso território, vemos também o soft power para dominar alma do brasil, quando essa facções criminosas estão se infiltrando em todos os aspectos da sociedade, até mesmo na cultura popular, usando "artistas" como instrumentos e até financiando documentários na Netflix, como bem apontou o Estadão. Isso escancara a capilaridade do crime organizado, que não apenas domina territórios, mas também constrói narrativas e influencia mentes. Para piorar, representantes dessas facções têm o desplante de participar de reuniões em ministérios do governo para defender suas pautas de políticas públicas, onde encontram eco em várias esferas do poder. Especificamente me refiro a já conhecida política de leniência do nosso judiciário, quase uma cumplicidade descarada com o crime. E, quando lembramos daquela gravação de um líder de facção (acho que foi o Marcola, do PCC) exaltando a "relação cabulosa" com o PT, fica impossível negar: não estamos caminhando para nos tornar um Narco Estado, já somos um. É um retrato desesperador de como a corrupção, a omissão e o crime se entrelaçam na nossa realidade.
Fabio B
30.01.2025 14:35Diga-se de passagem, o Oruan tem não só o pai tatuado, como também o mosntro psicopata do Elias Maluco. E mesmo assim, desfila nos corredores da globo sendo paparicado por até muitos ex-amigos do jornalista Tim Lopes.
Fabio B
30.01.2025 14:31É simplesmente inacreditável e revoltante ver porta-vozes explícitos de facções criminosas fazendo apologia ao crime de forma tão escancarada! O que nos anos 90 era o tal "proibidão", hoje está nas paradas de sucessos. Esses indivíduos desfilam com total desfaçatez em festivais de música e, pior ainda, aparecem nos ditos programas "familiares" da Globo como se fossem estrelas. O cúmulo do absurdo é esse tal de Oruan, que, para quem não sabe, é filho do Marcinho VP, não só chefe do Comando Vermelho, mas também mandante do brutal assassinato do jornalista Tim Lopes, jornalista da Globo. O Tim foi assassinado de forma brutal e covarde pelo “tio de consideração” do Oruan, Elias Maluco, que o torturou de forma bárbara, cortando partes do seu corpo com uma espada e queimando-o vivo no infame "micro-ondas". E, mesmo assim, esse bocó do Oruan passeia na Globo com ar de vítima, pedindo a libertação do papai querido, que apesar de tudo, continua comandando o crime de dentro da prisão até hoje! Enquanto isso, sua gangue de terroristas espalha o caos, matando inocentes e praticando os mais bárbaros crimes em nacos do território brasileiro que tomaram à força. É uma afronta, um tapa na cara da sociedade, que esses criminosos e seus porta-vozes ainda consigam espaço e visibilidade para espalhar sua hipocrisia e desprezo por tudo que é minimamente decente!
Marcilio Monteiro De Souza
30.01.2025 11:02Quando precisamos que uma vereadora tente por ordem na esculhambação ja passamos do fundo do poço.
Ita
30.01.2025 09:32Se nos assemelhássemos aos estadunidenses diria que precisaríamos de um Trump mas, feliz ou infelizmente, somos diferentes.
Amaury G Feitosa
30.01.2025 08:45Para os esquerdopatas alguém mesmo uma mulher que ousa ter outro pensamento que não o da esquerda carcomida e medieval merece mesmo é o estupro com que nos brindam dia sim, outro também ... ontem nos enfiaram rabo acima mais 10bilhões de juros por mês e em março mais $10bilhões por causa de sua sagrada irresponsável gastança ... insanos infectam o país com seu imundo lixo.
Osmair Mendonça
29.01.2025 22:34Essa esquerda maldita que tomou o Brasil precisa ser barrada e já passou da hora.