O crescimento de Doria, sempre adiado
Como publicou nesta terça-feira O Antagonista, aliados do governador de São Paulo João Doria apostam que uma agenda de viagens pelo Brasil e o início da propaganda partidária na televisão, em abril, farão com que o candidato tucano a cresça nas pesquisas eleitorais. O problema é que Doria e seus aliados também esperavam um crescimento da candidatura nos três primeiros meses deste ano...
Como publicou nesta terça-feira O Antagonista, aliados do governador de São Paulo João Doria apostam que uma agenda de viagens pelo Brasil e o início da propaganda partidária na televisão, em abril, farão com que o candidato tucano a cresça nas pesquisas eleitorais.
O problema é que Doria e seus aliados também esperavam um crescimento da candidatura nos três primeiros meses deste ano, quando a agenda do governador, que se desliga do cargo em 31 de março, se concentrou na entrega de obras no Estado. São Paulo é o maior colégio eleitoral do país e qualquer movimentação positiva se refletiria nas pesquisas nacionais. Mas isso não aconteceu.
A dificuldade de crescer em casa, dispondo de verbas polpudas para propagandear as realizações de seu governo (115 milhões de reais neste ano), é um péssimo sinal político. Indica que há um fortíssimo componente pessoal na rejeição a Doria, mais difícil de vencer do que percepções sobre o que ele fez ou deixou de fazer em sua gestão.
Isso explica por que tucanos históricos, que apoiaram Eduardo Leite nas prévias tucanas do final do ano passado, devem se reunir hoje em Brasília, para discutir seus próximos passos. A janela para trocas partidárias acontece em março.
Políticos tucanos como Tasso Jereissati e José Aníbal já fizeram elogios públicos à candidata emedebista Simone Tebet – pouco conhecida, pouco rejeitada e, portanto, com maiores probabilidades de avançar do que Doria.
Da mesma forma, vazou que Gilberto Kassab avalia a possibilidade de convidar Leite para disputar a presidência pelo PSD.
Contra debandadas e ataques especulativos desse tipo, não adianta ranger os dentes, nem jogar para frente o momento da decolagem. O único antídoto é a candidatura crescer de fato.
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