Crusoé: “Como analisar o governo Lula: passo 2”
"A lição mais primária da política, que remete à sua analogia como o exercício de um tipo de guerra, é a de que é preciso ocupar espaços para exercer o domínio", diz Leonardo Barreto, na Crusoé desta semana...
“A lição mais primária da política, que remete à sua analogia como o exercício de um tipo de guerra, é a de que é preciso ocupar espaços para exercer o domínio“, diz Leonardo Barreto, na Crusoé desta semana.
“Nesse sentido, a ciência política também é uma disciplina geográfica. Essa dimensão aparece no esforço analítico principalmente quando se fala em construção de condições de governabilidade, tema corrente entre os brasileiros desde a redemocratização. Nosso modelo decisório é de natureza consensual — e não majoritário, como é o caso dos Estados Unidos. Isso significa que é preciso construir grandes maiorias dentro de um sistema bastante fragmentado de partidos políticos e interesses locais (estaduais ou municipais).”
“A principal maneira de unir minorias tem sido distribuir recursos de poder. Trata-se do que o cientista político Sérgio Abranches chamou de ‘presidencialismo de coalizão‘, mas que foi tratado de forma seminal no livro Executivo e Legislativo na Nova Ordem Constitucional, de Argelina Figueiredo e Fernando Limongi, no qual se sistematizou a construção da governabilidade como um processo de trocas envolvendo barganhas entre parlamentares e o presidente da República em torno do acesso ao Orçamento e cargos, em troca de apoio parlamentar.”
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