“You f*king Jew”: mulheres e crianças são alvo de antissemitismo
Polícia britânica investiga caso de crianças judias impedidas de embarcar em ônibus. Mulheres judias são intimidadas em metrô de Vancouver.
Polícia britânica investiga alegação de que crianças judias foram impedidas de embarcar em ônibus
Várias queixas foram feitas à polícia devido a uma série de incidentes em que motoristas de ônibus, supostamente devido ao incentivo dos passageiros, se recusaram a parar para judeus.
Em Stamford Hill, um bairro londrino que abriga uma grande comunidade judaica, vários estudantes judeus esperavam o ônibus e fizeram sinal para que ele parasse. O motorista diminuiu a velocidade, mas não parou.
Segundo a denúncia, vários passageiros encorajaram o motorista, ao mesmo tempo que fizeram comentários antissemitas e expressaram gratidão por ele não ter parado.
Depois que o incidente foi inicialmente relatado ao Shomrim local, um grupo judeu de vigilância de bairro, a denúncia foi repassada à Polícia Metropolitana de Londres. A reclamação foi feita por um passageiro do ônibus que disse ter se sentido “ameaçado, intimidado, chocado e assustado”, pois não havia outros judeus no ônibus naquele momento.
Outro incidente ocorreu três dias depois, quando uma menina judia de 13 anos relatou um incidente semelhante em que o motorista do ônibus não parou para um menino judeu, mas parou para outro londrino não-judeu.
A Transport for London disse que estava levando os relatórios “extremamente a sério”, acrescentando: “Não toleramos qualquer forma de discriminação na nossa rede”.
Isto ocorre após um aumento nos incidentes antissemitas em Londres desde o início da guerra em 7 de Outubro, que registrou um aumento de 1.353% em outubro, em comparação com o mesmo mês do ano passado.
“Nunca tivemos tantos crimes de ódio em um mês. Normalmente, em média, são três por semana. Desde 7 de Outubro, Shomrim denunciou 84 crimes de ódio. Não estamos falando que isso está acontecendo nacionalmente, apenas no bairro de Stamford Hill”.
O crescimento de antissemitismo no Canadá também é assustador. Protestos massivos pró-Palestina e até pró-Hamas expuseram milhares de pessoas furiosas clamando inequivocamente pelo genocídio – o extermínio de Israel “do rio ao mar”.
No metrô de Vancouver, dois homens com Kufiya (lenço xadrez preto e branco que geralmente é usado em volta do pescoço ou da cabeça. Lenço tradicional palestino) foram filmados puxando um coro e intimidando passageiras judias: “You f*king Jew, f*k you”, esbravejou um deles antes de descer do metrô após entoar o “From the River to the Sea, Palestine Will Be Free.”
A group of anti-Israel radicals attempts to intimidate two Jewish women on board Vancouver Transit.
Hate, antisemitism, and intimidation must be met with consequences. pic.twitter.com/zLrW3bpw7F
— Canada United for Israel (@United4IsraelCA) December 4, 2023
Em Toronto, pais de crianças judias estão tirando a kipá de seus filhos antes de os enviar para o transporte escolar, com medo de algum incidente. Escolas judaicas, sinagogas e um centro comunitário judaico foram alvo de tiros e coquetéis molotov em Montreal nas últimas semanas.
Em 4 de dezembro, porém, milhares de pessoas se reuniram perto do Parlamento do Canadá em manifestação em solidariedade a Israel e apelando para o fim da violência antissemita.
Dezenas de ônibus foram fretados para Ottawa a partir de Montreal e Toronto, lar de grandes comunidades judaicas: “É muito importante que diversas partes do nosso país se unam e defendam o povo judeu… e se unam contra o ódio aos judeus”, disse uma representante do United Jewish Appeal, um dos grupos que patrocinaram a manifestação.
Desde o início da guerra Israel-Hamas, o Antagonista vem acompanhando atentamente o crescimento do antissemitismo no Brasil e no mundo.
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