No dia seguinte ao ataque aéreo russo a um supermercado em Kharkiv, o chefe do departamento de investigação do serviço de segurança nacional em Kharkiv divulgou imagens de uma câmara de vigilância no interior da loja, segundos antes de as duas bombas atingirem o edifício.

Vemos vários civis fazendo compras nesta loja da rede de hipermercados Epitsentr que vende eletrodomésticos e produtos de bricolage. Uma explosão gigantesca escurece abruptamente a tela, mostrando brevemente pedaços de chapas metálicas e tubos desabando na frente da câmera.

O vídeo mostra vários civis fazendo compras nesta loja da rede de hipermercados Epitsentr que vende eletrodomésticos quando uma explosão gigantesca escurece abruptamente a tela, mostrando brevemente pedaços de chapas metálicas e tubos desabando na frente da câmera.

O ataque deixou pelo menos 16 mortos, 43 feridos e 16 desaparecidos. “Aconteceu de repente. No começo não entendemos, tudo ficou preto e tudo começou a cair na nossa cabeça”, disse à AFP Lioubov, faxineiro do hipermercado. “Felizmente meu telefone acendeu, graças à lanterna descobri onde estava, mas na nossa frente já estava tudo queimando.” Na verdade, um incêndio gigantesco eclodiu na parte central do supermercado. Segundo os bombeiros, as chamas, finalmente controladas, devastaram 10 mil metros quadrados.

“Os corpos de outras sete vítimas, procurados por familiares e colegas, ainda não foram encontrados. Eles são considerados desaparecidos”, explica o chefe do departamento de investigação, Serhii Bolvinov, em sua postagem no X (antigo Twitter). “É claro que as pessoas não estavam absolutamente preparadas para tal ataque, elas estavam no seu local de trabalho e cuidando dos seus negócios”, continua ele.

“Só loucos como Putin são capazes de matar e aterrorizar pessoas de uma forma tão desprezível”, declarou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ao comentar o ataque desferido pela Rússia no supermercado.

“Para eles (os russos), é um prazer queimar. Todos sabemos com quem estamos lidando”, lamentou o chefe de Estado ucraniano, insistindo que a Rússia é “governada por pessoas que querem que seja a norma queimar vidas, destruir cidades e aldeias, dividir povos e apagar fronteiras nacionais através da guerra”.