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Universidade cancela oradora muçulmana após postagens antissemitas

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Alexandre Borges
5 minutos de leitura 17.04.2024 05:03 comentários
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Universidade cancela oradora muçulmana após postagens antissemitas

Vice-presidente sênior para assuntos acadêmicos, Andrew T. Guzman, anuncia medida após tensões

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Universidade cancela oradora muçulmana após postagens antissemitas
USC

A Universidade do Sul da Califórnia (USC) cancelou o discurso de formatura de Asna Tabassum, uma estudante muçulmana e oradora da turma, devido a uma série de postagens antissemitas feitas por ela nas redes sociais. A decisão foi tomada após ameaças recebidas pela universidade, que foram intensificadas por conflitos em curso no Oriente Médio, resultando em preocupações de segurança.

Tabassum, que se formou em engenharia biomédica e foi selecionada entre quase 100 candidatos, havia sido escolhida para falar no evento que atrai cerca de 65 mil pessoas ao campus da universidade. Após o anúncio de sua seleção pela presidente da USC, Carol Folt, críticas surgiram não só pelas suas postagens, mas também pelo seu menor, “Resistência ao Genocídio”.

O vice-presidente sênior para assuntos acadêmicos, Andrew T. Guzman, afirmou que “a tradição deve ceder lugar à segurança” e que a decisão é uma necessidade, alinhada às obrigações legais e expectativas dos reguladores federais. Ele também destacou que o fato de não permitir que Tabassum discursasse não viola os direitos de liberdade de expressão, já que não existe um direito garantido de falar em uma formatura.

Essa medida gerou reações diversas, incluindo críticas do Conselho de Relações Americano-Islâmicas de Los Angeles (CAIR-LA), ligado à Irmandade Muçulmana, que defendeu que a universidade deveria assegurar um ambiente seguro para a formatura, em vez de cancelar o discurso de uma aluna destacada. Tabassum também se pronunciou, declarando ter sido alvo de “ódio racista”.

Hamas agora oferece apenas 20 reféns

Na noite desta segunda-feira, 15, um oficial israelense de alta patente revelou, segundo matéria do Israel National News, que o Hamas concordou em libertar somente 20 dos 133 reféns detidos. Esta oferta está significativamente abaixo do número de reféns que Israel esperava ver libertados nas negociações atuais.

Segundo a fonte do Hamas, existem múltiplas razões para acreditar que o número reduzido de reféns a serem liberados pode indicar que muitos dos detidos inicialmente propostos já não estão vivos. Esta suspeita decorre de afirmações do grupo de que as mulheres, homens acima de 50 anos e aqueles com graves condições médicas, incluídos na negociação, podem estar mortos ou em poder de outras facções.

Paralelamente, o Hamas demanda a libertação de terroristas que cumprem penas longas em prisões israelenses, incluindo condenados por assassinatos, em troca de cada refém liberado. Adicionalmente, o grupo exige garantias internacionais que assegurem a completa suspensão das hostilidades como condição inicial para o acordo.

Fontes indicam que Yahya Sinwar, líder do Hamas, parece desinteressado em prosseguir com o acordo proposto. Acredita-se que ele espera que a pressão internacional sobre Israel aumente, permitindo que o Hamas continue seu combate, na expectativa de abrir uma nova frente de conflito na fronteira com o Líbano.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, comentou que, apesar das concessões significativas de Israel, é o Hamas que agora representa um obstáculo para o cessar-fogo. Miller destacou que a proposta incluía termos bastante favoráveis ao Hamas, que teriam permitido um cessar-fogo imediato de seis semanas em Gaza, beneficiando os cidadãos palestinos que o grupo alega representar.

Senadores republicanos e Donald Trump criticam Biden

Senadores republicanos aumentaram as críticas à política externa do presidente Joe Biden, especialmente após um ataque sem precedentes do Irã contra Israel, realizado neste sábado, 13. O ataque, que contou com mais de 300 mísseis e drones, foi uma resposta iraniana a um ataque aéreo israelense em Damasco, que resultou na morte de um alto oficial iraniano.

O senador Lindsey Graham, da Carolina do Sul, expressou preocupação com a eficácia da dissuasão americana, citando que as advertências de Biden não foram suficientes para prevenir a ação iraniana. Outros republicanos, como a representante Nancy Mace e o ex-presidente Donald Trump, também criticaram a liderança de Biden, atribuindo o ataque à “grande fraqueza” dos EUA sob sua administração.

Trump, durante um comício na Pensilvânia, sugeriu que um incidente como esse não ocorreria em seu mandato, reforçando a narrativa de uma política externa enfraquecida. Em resposta, Biden convocou uma reunião de emergência do G7 para discutir o ataque, que ele descreveu como “descarado”.

A Casa Branca, através do porta-voz Andrew Bates, defendeu as ações de Biden, destacando que o presidente reforçou suas advertências ao Irã com medidas militares para assegurar a defesa de Israel. Esta resposta foi parte de um esforço para demonstrar o compromisso contínuo dos EUA com a segurança israelense, em contraste com as críticas recebidas de figuras republicanas.

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