Matéria publicada neste domingo, 7, pelo Washington Post, afirma que Donald Trump discutiu privadamente um plano controverso para encerrar a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. A estratégia sugerida inclui pressionar a Ucrânia a ceder a Crimeia e a região de Donbas à Rússia, um movimento que contrasta fortemente com a política adotada pelo atual presidente Joe Biden, que tem se concentrado em contrariar a agressão russa e fornecer apoio militar a Kiev

Trump tem reiteradamente alegado que seria capaz de negociar um acordo de paz em menos de 24 horas se fosse reeleito, embora detalhes específicos de como pretende alcançar tal feito permaneçam vagos. Conforme relatos de pessoas a par do plano, o ex-presidente visa reverter a crescente dependência russa da China e deter a expansão da OTAN.

A guerra na Ucrânia tem sido marcada pela perda de dezenas de milhares de vidas e condenada internacionalmente, resultando em sanções econômicas severas contra a Rússia. A sugestão de Trump de forçar a Ucrânia a ceder território tem sido criticada por especialistas em política externa, que veem na proposta uma recompensa à conduta agressiva de Putin e uma violação dos princípios internacionais de soberania e integridade territorial.

Mesmo entre os apoiadores de Trump, a proposta encontrou resistência. O Senador Lindsey Graham, um aliado do ex-presidente, sublinhou a necessidade de impedir uma vitória de Putin no conflito, refletindo as divisões internas do Partido Republicano sobre a abordagem adequada para a crise na Ucrânia.

Diante das críticas, a campanha de Trump não respondeu diretamente, limitando-se a declarar que qualquer especulação sobre o plano do ex-presidente vem de fontes mal-informadas. Paralelamente, a administração Biden continua a enfatizar a importância do suporte contínuo à Ucrânia, apesar das crescentes divisões nos Estados Unidos quanto ao nível de assistência militar a ser prestado.

A divulgação do plano de Trump, conforme reportado pelo Washington Post, ocorre em um momento delicado, onde o apoio dos EUA à Ucrânia enfrenta obstáculos políticos internos, com vozes dentro do Partido Republicano se opondo a mais financiamento para assistência militar, destacando a complexidade do debate sobre o envolvimento americano no conflito.