Trump expressa desejo de ver Arábia Saudita nos Acordos de Abraão
"Mas vocês farão isso no seu próprio tempo", disse o republicano ao ditador saudita

Durante visita a Riad, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter o “sonho” de ver a Arábia Saudita se juntar aos Acordos de Arabraão.
“É minha fervorosa esperança, desejo e até mesmo meu sonho que a Arábia Saudita… em breve se junte aos Acordos de Abraham”, afirmou.
“Mas vocês farão isso no seu próprio tempo”, acrescentou Trump.
Em 2020, Israel assinou o tratado diplomático com países árabes, contando com a mediação dos Estados Unidos.
A Arábia Saudita, contudo, não assinou os acordos em razão da causa palestina.
O reino comandado pelo ditador Mohammed Bin Salman afirma que só normalizará as relações com Israel mediante ao avanço no processo de paz com os palestinos.
Além disso, os sauditas pedem a criação dos dois Estados.
Síria
Na visita, Trump aproveitou para anunciar o fim das sanções impostas contra a Síria.
A decisão foi tomada apenas seis meses após a queda do ditador Bashar Assad.
“Eu estarei ordenando o cessar das sanções contra a Síria para dar a eles uma chance de grandeza”, afirmou o republicano, sendo aplaudido de pé pelo ditador saudita Mohammed bin Salman e pelo bilionário Elon Musk.
As primeiras sanções foram aplicadas pelos EUA no fim de 1979, quando a Síria foi incluída na lista de “Estados patrocinadores do terrorismo”.
A retomada das relações diplomáticas vem sendo costurada pelo presidente sírio, Mohammed al-Sharaa, que também é líder do grupo terrorista Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), responsável pela derrubada do regime.
Desde o início do ano, o novo governo sírio busca respaldo e legitimidade junto aos pares internacionais.
Em fevereiro, Sharaa pediu apoio de Bin Salman na reconstrução do país devastado após a queda de Assad.
A cúpula síria viajou a bordo de um jato particular saudita enviado especialmente por Bin Salman a Damasco.
Além disso, o encontro entre os chefes de governo sinalizou um interesse em alinhar-se politicamente com os sauditas e distanciar-se do Irã.
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