A agência de criptomoedas Garantex, sediada em Moscou, sancionada pelos Estados Unidos no ano passado, ajuda terroristas ligados ao Hamas a lavar dinheiro.

A informação é do Wall Street Journal, publicada nesta semana.

De acordo com dados comerciais e fontes familiarizadas com a empresa, a Garantex se tornou um canal essencial para os russos movimentarem fundos dentro e fora do país, mas também serve a clientes de fora.

De acordo com uma análise da pesquisadora Elliptic, as carteiras digitais controladas pela Jihad Islâmica Palestina, associada ao Hamas, receberam cerca de US$ 93 milhões via Garantex. A mesma estratégia de financiamento também foi utilizada pelo Hamas.

Em um relatório divulgado no ano passado, o Departamento do Tesouro dos EUA alertou que as falhas nos controles de crimes financeiros nas exchanges de criptomoedas podem permitir que grupos terroristas as utilizem de forma indevida. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, ressaltou que o uso de moedas digitais está tornando cada vez mais complexo o trabalho de impedir o financiamento do terrorismo.

A Garantex não se pronunciou sobre o caso.