A Suprema Corte dos EUA decidiu nesta segunda (24) julgar se programas de admissão em Harvard e na Universidade da Carolina do Norte, que levam em conta a raça dos candidatos, são legais. A informação é do New York Times. 

A Suprema Corte tem mantido os programas de ação afirmativa, mais recentemente em 2016, por apertada votação de 4×3. Desde então, porém, a composição da corte ficou com mais juízes conservadores, três deles indicados por Donald Trump.

A decisão pode potencialmente encerrar a ação afirmativa nos EUA.

O processo contra Harvard acusa a universidade de discriminar os estudantes de ascendência asiática, usando um padrão subjetivo para medir características que cria na prática uma quantidade máxima de inscrições.

No caso da Carolina do Norte, os reclamantes argumentam que a universidade discriminou contra candidatos brancos e asiáticos ao dar preferência a estudantes negros, hispânicos e indígenas.

As universidades negam praticar discriminação e afirmam que suas políticas são legais e alinhadas a precedentes da Suprema Corte.

Ambos os casos foram trazidos aos tribunais pela Students for Fair Admissions [Estudantes a favor de Admissões Justas], grupo fundado pelo estrategista conservador Edward Blum.

Em decisões recentes, ambas as universidades venceram em tribunais federais, e um recurso fez o assunto chegar à Suprema Corte.

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